John Steinbeck, flores, aves e répteis

O Longo Vale, de John Steinbeck: histórias sobre gente sem história, num livro muito heterogéneo.

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Steinbeck, com as suas personagens acossadas pela miséria da Grande Depressão, corre o risco de vir a ser reactualizado pela crise actual DR

Com Hemingway, Fitzgerald e Faulkner, John Steinbeck (1902-1968) integra o quarteto canónico da literatura norte-americana da primeira metade do século XX. Dos quatro, apenas Fitzgerald não recebeu o Nobel (que Steinbeck ganhou em 1962), curiosidade que teria, sem dúvida, outro significado se acaso atribuíssemos ao prémio sueco uma particular idoneidade literária. Aureolados, os dois primeiros, pela boémia cosmopolita associada aos expatriados dos anos 20 e 30; os dois últimos, pelo contrário, ancorados numa América (ou em mais do que uma, na verdade) “profunda” e até “regionalista” (epíteto, este, que em Portugal, onde os escritores, hoje, já nascem todos cosmopolitas, poderá parecer insultuoso, mas que não pretende sê-lo). Paradoxalmente, Faulkner e Steinbeck parecem agora, sob certos aspectos, menos “datados” do que os seus companheiros geracionais.

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