Castelo de Leiria deverá reabrir ao público até ao Verão

Vai ter dois elevadores verticais e um elevador em carril, anfiteatro em pedra, caminhos nivelados e calçada, novas espécies vegetais autóctones. A abertura está anunciada para o “primeiro semestre” deste ano.

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Fechou em Junho de 2019 para obras de reabilitação e a criação de acessos mecânicos. Durante o primeiro semestre de 2021, o Castelo de Leiria, onde foram entretanto encontrados vestígios arqueológicos importantes, deverá estar pronto a voltar a receber visitas.

Os acessos mecânicos ao castelo, um investimento de 1,6 milhões de euros com apoio de 1,4 milhões de euros, segundo confirmou a autarquia, inclui dois elevadores verticais no lado sul e um elevador em carril no lado norte.

O núcleo amuralhado tem a decorrer uma reabilitação, orçamentada em 1,9 milhões de euros com financiamento de 1,5 milhões de euros, e contempla a Casa da Guarda, com diversas intervenções, as cisternas, consideradas um “importante arqueossítio” e tornando visitável o interior, e a Igreja de Santa Maria da Pena, que foi alvo de diversos trabalhos, de conservação e restauro, incluindo colocação de cobertura e vãos ou arranjos no adro e no acesso à Torre Sineira.

Ao nível dos arranjos exteriores, o Castelo vai ter um anfiteatro em pedra, para eventos ao ar livre, os caminhos vão ser nivelados e colocada calçada, e as áreas de repouso também vão ser objecto de intervenção. Está prevista, igualmente, a substituição de espécies vegetais degradadas por autóctones.

“Um dos aspectos mais interessantes e crucial” desta empreitada é, “sem dúvida, a reabilitação da Igreja de Santa Maria da Penha ou da Pena”, disse, à Lusa, a vereadora com o pelouro da Cultura, Anabela Graça.

Citando a memória descritiva do projecto, de Santos Pinheiro - Arquitectos Associados, Anabela Graça referiu que “intervir nesta estrutura patrimonial” é “uma obrigação natural e necessária face ao imperativo de garantir a travagem do processo de degradação a que se encontra sujeito”, causado pela acção do tempo e do Homem.

A vereadora realçou que a Igreja da Penha “é um exemplar gótico de rara beleza", notando que, “infelizmente, do primitivo exemplar românico, que já existiria por volta de 1135-1140, já nada resta”.

Anabela Graça disse esperar um incremento do número de visitantes, “tendo em conta não apenas o facto de cada vez mais o Castelo de Leiria constituir uma grande atracção da cidade e do concelho”, como também atendendo a que o seu encerramento “tem suscitado uma enorme curiosidade e expectativas por parte dos leirienses” - “e esta deve ser a grande aposta e desafio em pano de fundo, isto é, devolver o castelo em primeiro lugar aos leirienses” -, dos que têm visitado o espaço “e ainda mais daqueles que aguardam ansiosamente a sua reabertura para conhecerem o monumento”.

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Entre 2 Janeiro e 2 de Junho de 2019, o Castelo recebeu 26.783 visitantes. Em todo o ano de 2018, tinham sido 71.449 e no ano anterior 84.694, de acordo com informação enviada à Lusa.

Anabela Graça adiantou que está a ser equacionada uma programação cultural que “deverá prever oferta educativa, cultural e de lazer, numa perspectiva integradora e abrangente de todo o núcleo amuralhado da antiga Cerca da Vila”.

Aqui estão incluídos a Igreja de São Pedro, “único exemplar da arquitectura românica que resta na cidade, Monumento Nacional desde 1910 em conjunto com o castelo”, a Torre Sineira da Sé de Leiria, cujo projecto de musealização está em fase de conclusão de implementação, e o m

i

mo - museu da imagem em movimento, “cuja parceria é fundamental para o desenvolvimento da nova programação do Castelo e envolvente”, referiu.

Exposições de longa duração e temporárias, roteiros culturais gratuitos, serviços educativos e espectáculos de artes cénicas ou performativas são algumas das iniciativas, assim como assinalar datas comemorativas ou a realização de eventos municipais, como o Leiria Medieval ou o festival gótico “Entremuralhas”.

Segundo a vereadora, o castelo é “muito procurado para aluguer de espaços”, para recepções, conferências ou outras iniciativas, que “poderão constituir, igualmente, uma fonte de receitas”, assim como para filmagens e sessões fotográficas, antevendo “um significativo aumento de pedidos após a reabertura” do monumento. 

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