Como viver sem Merkel

Afastado por Merkel da liderança da bancada da CDU no Bundestag em 2002, Merz deixou o Bundestag sete anos depois e transformou-se num bem-sucedido advogado de negócios, acumulando uma fortuna bastante razoável. O seu regresso não estava isento de um leve sabor a vingança

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1. “Armin Laschet tem muitas qualidades (…) Quando se governa o Land maior da Alemanha, à frente de uma coligação que trabalha eficazmente sem se envolver em guerrilhas internas, isto representa uma bagagem com peso. (…) Também sempre pensei que quem preside à CDU deve estar preparado para ser chanceler.” As palavras são da chanceler Angela Merkel, ditas durante uma visita ao Land da Renânia do Norte-Vestefália, o maior da Alemanha, com 18 milhões de habitantes, em Agosto passado, e só podem ser interpretadas como um apoio implícito ao candidato à sua sucessão na liderança da CDU que foi ontem escolhido num congresso virtual do velho partido democrata-cristão. O partido que Merkel liderou durante quase 20 anos optou pela continuidade, embora a vitória de Laschet tenha sido pouco mais do que tangencial e à segunda volta, depois da eliminação do outro candidato que também se reclamava da herança da chanceler, Norbert Röttgen. Na primeira volta, Friedrich Merz, que representaria uma ruptura mais evidente com as políticas e o estilo de Merkel, foi o candidato mais votado, com 385 votos, para 380 de Laschet e 224 de Rottgen. Na eleição final, Merz obteve 466 para 521 do vencedor.

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