Biden nomeia diplomatas de Obama para “restaurar a liderança global e moral da América”

O Presidente eleito dos EUA escolheu Wendy Sherman, figura-chave do acordo com o Irão, para segunda figura do Departamento de Estado.

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Wendy Sherman será a "número 2" do Departamento de Estado dos EUA Denis Balibouse/Reuters

O Departamento de Estado sob a presidência de Joe Biden vai contar com uma equipa recheada de diplomatas com experiência, muitos deles vindos da Administração Obama.

Para “número dois” do próximo secretário de Estado Antony Blinken, Biden nomeou Wendy Sherman, uma das principais negociadoras do acordo nuclear com o Irão (2015), e hoje professora na John F. Kennedy School of Government na Universidade de Harvard e conselheira do grupo de diplomacia estratégica e comercial Albright Stonebridge Group.

A terceira posição do departamento será ocupada por Victoria Nuland, que antes foi secretária de Estado adjunta para a Europa, embaixadora na NATO e subsecretária de Estado para Assuntos Políticos (e antes ainda vice-conselheira para a Segurança Nacional do ex-vice-presidente republicano Dick Cheney).

Blinken, cuja confirmação no Senado está marcada para terça-feira, é, como Biden, alguém que apela ao centro e é conhecido pelo pragmatismo, e não provocaria potencial oposição entre os republicanos. Isto ao contrário de Sherman, que poderia esperar turbulência na confirmação por ter sido uma figura-chave no tratado com o Irão (alvo de fortes críticas do Presidente Trump, que acabou por retirar os EUA do acordo e impor sanções a Teerão).

Mas com a maioria democrata no Senado depois das eleições no estado norte-americano da Geórgia, a confirmação está facilitada.

Sherman e Nuland estão entre um total de onze nomes da equipa que continuam a sinalizar o que já era indicado com a escolha de Blinken: o regresso a uma política externa mais tradicional, depois de quatro anos de imprevisibilidade sob Donald Trump.

Os nomeados “vão usar a sua experiência e habilidade diplomática para restaurar a liderança global e moral”, declarou Biden num comunicado. “A América está de volta.”

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