Um espectáculo chamado Joaquin Niemann

Jovem chileno de 22 anos colidera Sony Open e leva cinco voltas seguidas com 7 birdies ou melhor

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Joaquin Niemann está pela segunda seman consecutiva no Havai em destaque, ainda que o Sony Open ainda agora tenha começado © SENTRY TOC

Mas isto, por si só, não seria motivo para um destaque tão extraordinário. Naturalmente, dos grandes jogadores saem com frequência grandes exibições. Sucede que o que Niemann fez  quinta-feira, já bem pela madrugada adentro de sexta-feira em Lisboa, dada a diferença horária de 11 horas, vem na sequência do que fizera no Sentry Tournament of Champions, também no Havai, mas na ilha de Maui, no Plantation Course at Kapalua. 

Certo, não chegou então para vencer. Mas ninguém esquece. Foram 31 birdies, o terceiro maior número de birdies num torneio do PGA Tour, só superados pelos 32 Paul Gow no B.C. Open e de Mark Calcavecchia no WM Phoenix Open, em ambos os casos em 2001. Foram pelo menos 7 birdies ou melhor em cada uma das quatro voltas no campo do resort de Kapalua, proeza rara que nos últimos tempos só foi conseguida por Jordan Spieth no mesmo torneio em 2016 e por Rory McIlroy no Zozo Championship de 2020. 

“Foi uma boa maneira de terminar [a volta]. Passei alguns dias a pensar naquele último buraco [no Sentry TOC], mas pegando em todos os aspectos positivos e puxando-os para esta semana”, explicou Niemann, que com o segundo lugar do passado domingo facturou um prémio de $782.000 e subiu de 45.º para 31.º no ranking mundial. Perdeu no play-off para Harris English depois de ter igualado a melhor marca do torneio com 64 (-9). Num torneio que contou com 4 dos 5 primeiros do ranking mundial e 8 do top-10.

Estamos a falar um antigo n.º 1 mundial amador por 44 semanas, entre Maio de 2017 e Abril de 2018, quando se tornou profissional. E que não levou muito tempo para vencer pela primeira vez no PGA Tour, foi por ocasião do torneio com o nome estranho de A Military Tribute at The Greenbrier, na verdade o clássico Greenbrier Classic, no campo The Old White at The Greenbrier, em Setembro de 2019, no primeiro torneio de temporada 2019/2020. Com isso tornou-se o terceiro não-americano a vencer no mais importante circuito do mundo antes de completar 21 anos, algo que só o espanhol Severiano Ballesteros e o norte-irlandês Rory McIlroy haviam conseguido no passado. 

Melhor cartão de visita para Joaquin não podia haver. Claro que o Sony Open ainda agora começou, mas para este rapaz o golfe é tão natural como respirar e não nos admirávamos que o víssemos cada vez com mais frequência a discutir as vitórias. Para já, dá-se por satisfeito por já ter garantido praticamente todo o dinheiro necessário, 2 milhões de dólares, para o medicamento ou a injeção necessária para o seu primo Rafita (filho de um primo seu), que sofre de Atrofia Muscular Espinhal, uma doença neuromuscular rara que leva à perda muscular e insuficiência respiratória. 

Dos jogadores com quem partilha a liderança, Jason Kokrak, de 35 anos, confirma o seu bom momento de forma depois da vitória no CJ Cup @ Shadow Creek. Peter Malnati, como estes em busca do seu segundo triunfo no PGA Tour, ele que venceu o Sanderson Farms Championship em 2015. 

Um sexteto com 64 (-6) segue no quarto lugar, composto por Aaron Badelley, Patton Kizire (campeão 2018), Daniel Berger, Jim Herman, Vaughn Taylor e Si Woo Kim. O detentor do título, Cameron Smith, abriu com 67 (-3) para se encontrar nos 40.ºs. Collin Morikawa, n.º 5 mundial, está nos 23.ºs, com 66 (-4). Webb Simpson, o n.º 7, um degrau acima, com 65 (-5), nos 10.ºs. 

O Sony Open pode so  acompanhado em directo no Eurosport 2, a partir das 0h00, e no domingo, último dia, a começar às 23h.

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