FC Porto quer comprovar “bom momento” ante o Benfica

Sérgio Conceição lamenta maior desgaste da equipa, por causa do prolongamento na Taça, e contorna questão em torno de Otávio.

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LUSA/FERNANDO VELUDO

O treinador do FC Porto admitiu nesta quinta-feira que se não vencer na sexta-feira o Benfica, em jogo da 14.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, esquecer-se-á o “bom momento” da equipa e haverá “pistolas e fisgas apontadas”.

“O melhor momento da época e a margem de crescimento vamos ver amanhã [sexta-feira]. Porque se não ganhamos, deixa de ser um bom momento. A hegemonia é o próximo jogo. Se não ganharmos o jogo, temos aqui umas pistolas e umas fisgas apontadas. Isto faz parte do que é o futebol. É como na vida: resultados”, referiu Sérgio Conceição.

Em conferência de imprensa, o técnico desvalorizou ainda as estatísticas que, nos confrontos com os “encarnados”, são favoráveis aos portistas e salientou o maior desgaste do FC Porto face ao Benfica, tendo em conta o último jogo, da Taça de Portugal, em que se impôs na Madeira ao Nacional (2-4), após prolongamento.

“Tivemos uma viagem, jogámos 123 minutos, chegámos de madrugada... Não podemos não ir a jogo por causa dessas situações. É o que é. Do ‘onze’ do adversário de amanhã [sexta-feira], nenhum teve muitos minutos. Estão há sete dias sem competir. É natural que haja uma diferença. Nem quero, sinceramente, utilizar esse facto como justificação. Somos uma equipa de topo. Mas não vou dizer que não queria ter uma semana limpa para preparar o jogo”, frisou.

Em relação ao jogo com os “encarnados”, que estão em igualdade com o FC Porto, ambos a quatro pontos e imediatamente atrás do líder Sporting, Sérgio Conceição admitiu estar à espera de uma partida “competitiva e difícil”.

“O que nós esperamos é um jogo dentro daquilo que, normalmente, são os clássicos. Jogos muito competitivos, difíceis para as duas equipas. Até para as três, falo da outra equipa também. São jogos muito intensos e importantes, e nós, treinadores e jogadores, percebemos essa importância. São três pontos que ganhamos e que não deixamos o adversário directo ganhar”, observou.

A estatística, segundo o treinador, é algo que não entra nas contas da preparação para o “clássico": “Na preparação não entra nada disso. A preparação do jogo serve para perceber como é que o Benfica vai jogar, o que fizemos na Supertaça de bem e de menos bem, o que mudou no decorrer do jogo, o que aconteceu depois desse jogo, o que eles fizeram depois com Santa Clara, Portimonense e Tondela, o que pode ser amanhã [sexta-feira] a equipa do Benfica, se joga com Pizzi junto do Darwin, Waldschmidt junto do Darwin”.

“E, depois, preparar da melhor forma e meter em campo uma equipa em função destas questões todas. Isso é que é apaixonante, isso é que é preparação, olhando sempre para o que é o comportamento da nossa equipa. Com que cara é que eu chego aos meus jogadores e digo: ‘Ó meus amigos, ganharam aquele jogo e agora quero que façam o mesmo’. Isso não é futebol, isso não existe”, frisou.

O treinador portista escusou-se ainda a comentar a situação de Otávio, que na quarta-feira teve um teste com resultado inconclusivo para o novo coronavírus. “Espero ter todos os jogadores disponíveis para o jogo. O Otávio é uma questão que o departamento médico saberá esclarecer. Não percebo tantas perguntas em torno do Otávio. Já tivemos outros jogadores a testarem positivo e não nos perguntaram”, vincou.

Sobre Nakajima, que deverá estar de saída do FC Porto, Sérgio Conceição foi mais explícito: “Não é opção para o jogo”.

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