Que candidato queres escolher?

Vejo-me no dever de apresentar uma série de perguntas que cada um de vós, eleitores, deverá fazer a si próprio no processo de escolha dos candidatos, baseando-me na obra Fascismo - Um Alerta, de Madeleine Albright.

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Pedro Fazeres

No dia 24 de Janeiro de 2021, os cidadãos portugueses em idade oportuna são chamados a ir às urnas exercer o seu direito de voto, ainda que, este ano, de uma forma um pouquinho diferente dadas as condições e restrições que se enfrentam.

Neste sentido, como estudante de Estudos Europeus, mas sobretudo como cidadã portuguesa, vejo-me no dever de apresentar uma série de perguntas que cada um de vós, eleitores, deverá fazer a si próprio no processo de escolha dos candidatos, baseando-me na obra Fascismo - Um Alerta, de Madeleine Albright.

Candidato “x":

  1. Vem “ao encontro dos nossos preconceitos, sugerindo que tratemos as pessoas de outra etnia, raça, credo ou partido como se não merecessem dignidade ou respeito?”
  2. Quer “que alimentemos a ira contra quem acreditamos que nos fez mal, esfreguemos os ressentimentos até ficarem em carne viva e ponhamos os olhos na vingança?
  3. Encoraja-nos “a sentirmos desprezo pelas instituições que nos governam e pelo processo eleitoral?”
  4. Procura “destruir a nossa fé em elementos essenciais à democracia, como uma imprensa independente e uma magistratura profissional?”
  5. Explora “os símbolos do patriotismo — a bandeira [...] — num esforço consciente de nos virar uns contra os outros?”
  6. "Se for” derrotado “nas urnas”, aceita “o veredicto ou” insiste “sem provas de que” foi ele o vencedor?
  7. Faz “mais do que pedir os nossos votos e” gaba-se “da sua capacidade para resolver todos os problemas, acalmar todas as ansiedades e satisfazer todos os desejos?”

Se em alguma destas perguntas houver um “sim” como resposta, tenta procurar um candidato a que possas responder “sim” à seguinte pergunta: A pessoa “x” convida-nos “a juntarmo-nos” a ela na construção e manutenção de um contexto saudável para as nossas sociedades, um lugar onde os direitos e os deveres estão distribuídos equitativamente, [...] e todos temos espaço para sonhar e crescer?”. Caso contrário, a democracia poderá estar ameaçada.

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