Sete anos depois, Harris English voltou a vencer no PGA Tour

Norte-americano conquistou Sentry TOC após bater chileno Joaquin Niemann no play-off

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Harris English facturou um prémio de 1,3 milhões de dólares e entrou no top-20 mundial © SENTRY TOC

Depois de ter falhado um putt de três metros para eagle no 72.º e último buraco regulamentar, o norte-americano de 31 anos, natural da Georgia, bateu o jovem chileno Joaquin Niemann, de 22 anos, no primeiro buraco do play-off, repetindo o birdie que havia feito minutos antes no 18. 

Os dois jogadores tinham terminado empatados na frente com 267 pancadas, 25 abaixo do Par 73 do campo, com Niemann a igualar o melhor resultado do torneio com 64 (-9) – marca inicialmente estabelecida na véspera por Ryan Palmer – e English – líder ou co-líder desde o primeiro dia – a fechar com 69 (-4). 

Justin Thomas, vencedor em 2017 e 2020, a defender o título alcançado o ano passado na sequência um play-off com Patrick Reed (campeão em 2015) e Xander Schauffele (campeão em 2019). O n.º 3 mundial terminou com 66 (-7) e ocupou a terceira posição, a um shot de repetir a presença no desempate de 2020. 

Ryan Palmer, que partilhava o comando com English à partida para a jornada decisiva, foi quarto isolado com 269 (-23) e Xander Schauffele e o sul-coreano Sungjae Im fecharam o top-5 com 271 (-21). 

Seguiu-se um trio no sétimo posto composto por mais três jogadores do top-10 mundial: Jon Rahm, Colin Morikawa e Bryson DeChambeau. O n.º 1 mundial Dustin Johnson, jogado o seu primeiro torneio desde o êxito no Masters de Augusta National, partilhou o 11.º lugar com Sergio Garcia, ambos com 274 (-18). 

O Sentry Tournament of Champions é habitualmente o primeiro torneio do ano no PGA Tour, reservado aos vencedores no circuito no ano civil anterior. Porém, desta vez, e devido ao cancelamento de alguns torneios em 2020 (devido à pandemia a época parou entre meados de Março e início de Junho, não podendo depois acomodar todos os que estavam previstos), foi aberta uma excepção: aos campeões juntaram-se todos aqueles que não o foram, mas que participaram no Tour Championship, a prova de encerramento da FedEx Cup 2019/2020, para os 30 finalistas. 

Entre os 42 concorrentes houve 16 nessa condição – e English era um deles. Tirou o melhor partido da oportunidade para o seu terceiro título no PGA Tour. Os dois primeiros tinham sido em 2013, no FedEx St. Jude Classic em Memphis, Tennessee, no OHL Classic at Mayakoba, no México. 

A vitória em Maui proporcionou-lhe um prémio de 1,3 milhões de dólares e a subida de 29.º para 17.º no ranking mundial, uma entrada no top-20. A culminar uma notável reviravolta na sua carreira, já que terminara na época de 2018/2019 sem o cartão de full member do circuito e em 369.º no ranking mundial. 

“É uma sensação incrível”, confessou English, visivelmente emocionado. “Todo o trabalho árduo que foi feito para isto, todos os altos e baixos do golfe que isso traz ao longo de uma carreira... Sinto que saí do meu vale e voltei aos torneios e um pouco à qualidade do golfe que sei que posso jogar. É óptimo ver alguma validação lá fora no campo de golfe.” 

Niemann fez 8 birdies em 14 buracos no domingo e só pode lamentar o putt de pouco menos de dois metros para birdie no último buraco regulamentar. Quando terminou era o líder na clubhouse e o homem a abater por English, Thomas e, em menor medida, Palmer. 

Niemann tinha descolado dos sétimos à partida (onde estavam também Patrick Cantlay e Billy Horschel), com -16, rumo ao topo. Depois aguardou a piquenicar animadamente numa mesa na esplanada com a namorada e o espanhol Sergio Garcia e respectiva esposa. Joaquin e Sergio tinham jogado juntos a última volta. Só quando English começou a chegar ao green do 18 é que o chileno foi para o… puting green

Niemann jogou primeiro no play-off, saindo do 18 com um drive que se pode considerar perfeito, na medida em que foi batido em draw para apanhar o ângulo da inclinação com maior potencial no fairway, de maneira a fazer a bola rolar neste comprido Par 5 de 700 jardas, mas descendente no terreno, com o factor gravidade. Ficou uns bons 30 metros à frente de English. Mas depois bateu demasiado à esquerda o segundo shot quedou-se no difícil rough de bermuda abaixo do green. No terceiro shot ficou curto do green, na orla do mesmo. Não meteu daqui. E English, que no segundo shot tinha ficado curto do green, conseguiu o up & down para 4. 

Niemann, um extraordinário ex-número um mundial amador, posição que ocupou de Maio de 2017 até Abril de 2018, quando se tornou profissional, é um dos três jogadores não-americanos a vencer no PGA Tour antes de completar 21 anos, juntando-se a um ilustre duo composto por Severiano Ballesteros e Rory McIlroy. Foi em Setembro de 2019, no Military Tribute at The Greenbrier. 

Um prodígio, portanto. Não conseguiu aqui no Havai a sua segunda vitória, mas promete para este ano. Factura um prémio de $782.000 e sobe de 45.º para 31.º no ranking mundial. O Sentry TOC contou com quatro dos primeiros mundiais e oito dos primeiros 10. 

English e Niemann competem já na semana que vem no Sony Open, o primeiro torneio de full field de 2021, com 144 jogadores, novamente no Havai, mas em Honolulu, Ohau, no Waialae Country Club, com o australiano Cameron Smith a defender o título, ele que ficou no quinteto dos 24.ºs este domingo em Kapalua, com 278 (-14).

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