Accionistas da Mota-Engil aprovam aumento de capital e reforço dos chineses da CCCC

Com 69,59% do capital representado, os accionistas da Mota-Engil votaram quase por unanimidade um aumento de capital até 100 milhões de euros. Chineses vai ficar com 30% da empresa e a família Mota com 40%

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Família Mota passa a deter 40% do grupo construtor que fundou Adriano Miranda

Tal como era esperado, os accionistas da Mota-Engil aprovaram em assembleia geral um aumento de capital de 100 milhões de euros para acomodar o reforço da posição da gigante estatal chinesa, a China Communications Construction Company (CCCC), no grupo português. Na assembleia geral realizada esta quinta-feira no Porto estiveram presentes representantes de 69,59% do capital social da empresa, e o único ponto da ordem de trabalhos foi aprovado por uma votação favorável, correspondente a 99,46% dos votos emitidos na assembleia.

Trata-se de um resultado expectável, uma vez que foi com a família Mota, que detém a holding MGP - Mota Gestão de Participações, e a principal accionista da empresa, que foi assinado um acordo estratégico com os chineses da CCCC.

A companhia estatal chinesa investiu 169,4 milhões de euros para comprar 55 milhões de acções e ficar com 23% do capital da construtora portuguesa – pagando um valor por acção que duplicava o preço de cotação na bolsa naquela altura. Agora, e depois de ter sido aprovado o aumento de capital e a alteração do contrato social da empresa no ponto único da ordem de trabalho deliberado na assembleia geral, a CCCC vai acompanhar o aumento de capital, até chegar a cerca de 30% acordados em Agosto.

“Após este aumento do capital social, será imputável à MGP uma participação de cerca de 40% do capital social da Mota-Engil, sinal de total empenho e alinhamento com a sua posição histórica no grupo, e o novo accionista atingirá uma participação ligeiramente superior a 30%”, referia a empresa num comunicado ao mercado em 27 de Agosto do ano passado.

Falta ainda a aprovação dos reguladores para o aumento de capital poder ser concretizado, e só depois dele é que a estrutura accionista da empresa ficará com o desenho acordado na parceria estratégica anunciada em ser concretizada.

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