Sp. Braga recupera hábito de vencer frente ao Marítimo

Equipa minhota impôs-se em noite pautada apenas por algumas dúvidas no início e no final de um encontro que deixa os “guerreiros” provisoriamente a um ponto de FC Porto e Benfica.

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LUSA/HUGO DELGADO

O Sp. Braga abriu esta quinta-feira a 13.ª jornada da Liga com uma vitória, por 2-1, sobre o Marítimo, regressando assim aos triunfos depois da derrota de Alvalade, enquanto a formação madeirense viu quebrado um ciclo de três jogos sem perder no campeonato.

Sem os dois principais faróis do ataque — Paulinho desfalcou o Sp. Braga e Rodrigo Pinho não marcou presença no Marítimo, ambos lesionados —, não demorou muito a notar-se a diferença nas movimentações e principalmente na astúcia das equipas, em especial nos insulares.

De resto, com estratégias semelhantes, assentes numa defesa com três unidades, o reforço do meio-campo e a presença de duas unidades na frente (com uma terceira a servir de elo de ligação), o Marítimo revelou uma maior versatilidade e capacidade de desdobramento, plasmadas em dois lances de perigo nos dois minutos iniciais: Tamuzo deu o mote, num sprint a abrir brecha preocupante pelo lado de Sequeira, com a grande oportunidade de golo a surgir e a ser desbaratada por Joel Tagueu, deslumbrado e sem capacidade para definir o lance perante a oferta escandalosa de Al Musrati.

O Sp. Braga abanou e precisou de tempo para se recompor e organizar antes de pegar no jogo, o que só conseguiu verdadeiramente a partir do lance em que Ricardo Horta ameaçou bater Amir, que instantes antes negara a felicidade a Schettine - evitando uma polémica em lance precipitadamente anulado por posição irregular do avançado.

O VAR acabou por intervir, para esclarecer a queda de Guitane na área minhota, mantendo o Sp. Braga intocável e em condições de perceber que a simplicidade compensa quase sempre, como se viu no golo de Iuri Medeiros (34'), a emendar de primeira um bom cruzamento atrasado de Ricardo Esgaio.

Estava na frente a equipa da casa e também a que mais insistente e objectivamente procurara a baliza contrária, enquanto os madeirenses passavam a explorar quase exclusivamente as precipitações do adversário, sem perceber que jogar apenas no erro já não estava a compensar.

O Marítimo acabou por ser feliz na fase final e recolher aos balneários com uma pequena desvantagem face ao que a equipa de Carlos Carvalhal produziu num curto período. Winck evitou, aliás, sobre a linha de golo, uma clara oportunidade de Horta, mantendo a chama acesa para a segunda parte. Um fogo que os bracarenses abafaram com um aumento de ritmo e de intensidade.

Daí até ao segundo golo da equipa da casa foi uma questão de paciência. A simplicidade de processos voltou a impor leis e, com apenas quatro passes, a bola viajou da periferia da área minhota até ao fundo das redes de Amir. Ricardo Horta não dava hipóteses (67'), depois de uma assistência primorosa de Abel Ruiz, assinando o nono golo da época, a um do “matador” Paulinho.

Praticamente arrumada a questão, o Sp. Braga mergulhou num período de alguma dúvida depois do golo de Milson (77'), que refreou um pouco o ânimo dos minhotos, alimentando a dúvida até final

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