Taxa média dos novos empréstimos à habitação caiu para 0,84% em Novembro

Remuneração dos depósitos de particulares até um ano manteve-se em 0,07%.

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Bancos emprestam dinheiro a taxas cada vez mais baixas Antonio Bronic

A descida das taxas Euribor para valores mínimos e a concorrência entre bancos para aumentar a concessão de crédito explicam uma nova descida da taxa média dos novos empréstimos à habitação concedidos em Novembro. A taxa fixou-se em 0,84%, menos três pontos base face a Outubro, renovando novo mínimo histórico pelo quarto mês consecutivo, de acordo com dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

O arranque do ano fica marcado por novas descidas das taxas Euribor, pelo que, se os bancos não praticarem spreads (margem comercial) mais altas, a taxa média vai continuar a descer, uma vez que boa parte do crédito à habitação continua utilizar este indexante.

A queda da taxa acontece num mês particularmente dinâmico na concessão de crédito à habitação, que totalizou 1113 milhões de euros, o valor mais alto do ano.

Ainda nos empréstimos a particulares, mas agora para a finalidade de consumo e outros fins, as quedas foram bem mais expressivas. No primeiro caso, a taxa de juro média ficou 6,24%, contra 6,43% em Outubro, e para outros fins em 3,24%, face a 3,76% do mês anterior.

O montante de novas operações de crédito ao consumo diminuiu, totalizando 357 milhões de euros, abaixo dos 391 milhões de euros registados em Outubro, e aumentou para outros fins, atingindo 189 milhões de euros, contra 156 milhões de euros do mês anterior.

A taxa de juro dos novos depósitos de particulares a 12 meses manteve-se, em Novembro, em 0,07 %.

No caso das empresas, as taxas de juro dos novos empréstimos também desceram. A taxa de juro média diminuiu oito pontos base face a Outubro, para 1,99%, com as operações acima de um milhão de euros a fixar-se em 1,58% (1,70% em Outubro), e a das operações abaixo de um milhão de euros em 2,27% (2,31% em Outubro).

A taxa de juro média dos novos depósitos até um ano de sociedades não financeiras subiu um ponto base, para 0,04%.

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