Videoárbitro: 95% dos lances revistos na Liga 2020-21 foram revertidos

Revisão dos incidentes é feita em doses idênticas através do uso do monitor adjacente ao relvado e do “conselho” do VAR.

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LUSA/JOSE COELHO

Com um pouco mais de um terço do campeonato decorrido, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) divulgou os dados respeitantes à acção do videoárbitro (VAR) nas 12 jornadas iniciais da prova. Nos 107 jogos em causa, foram assinalados 534 incidentes (média de 4,99 por jogo), 43 dos quais levaram à revisão dos lances: em 95% dos casos, a decisão foi revertida.

Os dados revelam que a esmagadora maioria dos lances em análise pelo VAR dizem respeito a situações de golo (305 em 534), seguindo-se os lances de penálti (163), os cartões vermelhos (64) e a troca de identidade de um jogador aquando da admoestação (dois). 

A proporção mantém-se sensivelmente quando se trata das efectivas revisões dos lances no monitor, ou seja, as situações de golo continuam a dominar (20), com os pontapés de penálti a seguir (15) e só depois os cartões vermelhos directos (sete).

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A revisão dos lances, por outro lado, é feita quase em doses idênticas através do uso do monitor adjacente ao relvado (a chamada on-field review) e do apoio “exclusivo” do VAR (51% e 49% das decisões, respectivamente).

No que diz respeito ao tempo de jogo consumido, as verificações via áudio (checks) são aquelas que mais se destacam, com uma média de 2,1 minutos por partida, enquanto a efectiva revisão dos lances se fica pelos 0,9 minutos. Nestas 12 jornadas, do total de 726 minutos de tempo adicional, 100 foram da “responsabilidade” do VAR, ou seja, 14%.

O número máximo de incidentes registados numa só jornada foi de 59, na sexta ronda do campeonato, e o mínimo foi de 33, na segunda. Por outro lado, há uma ligeira tendência de maior número de verificações das decisões nas segundas partes dos jogos.

Desde o início da época, a FPF informa que o Conselho de Arbitragem promoveu 133 horas de formação específica de um total esperado de 610 no final da temporada, sublinhando ainda que “os árbitros passaram a contar com um simulador VAR que lhes permite um maior número de horas em sala”.

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