Confiança dos consumidores e das empresas recupera em Dezembro
Confiança das famílias retoma “patamar relativamente estável observado desde Junho”. Indicador de clima económico recupera ligeiramente, mas com quebra nos serviços.
O indicador de confiança dos consumidores aumentou em Dezembro, após a diminuição em Novembro, mês em que houve um novo apertar das medidas de combate à covid-19.
No último mês do ano, o indicador retomou “o patamar relativamente estável observado desde Junho”, em resultado do “contributo positivo das perspectivas sobre a evolução futura da situação económica do país”, assinalou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Também contribuíram de forma positiva “as opiniões e expectativas sobre a situação financeira do agregado familiar e as perspectivas da realização de compras importantes”.
Quanto ao indicador de clima de económico, este “aumentou ligeiramente em Dezembro, após ter interrompido no mês anterior o perfil de recuperação observado desde Maio”.
O INE desta que, em Dezembro, os indicadores de confiança aumentaram na Indústria Transformadora, na Construção e Obras Públicas. Também subiram, “de forma ligeira, no Comércio, tendo diminuído nos Serviços”.
Na indústria, a recuperação do indicador reflectiu o contributo positivo do saldo das perspectivas de produção das empresas e das apreciações relativas à evolução da procura global.
Já “as opiniões sobre os stocks de produtos acabados registaram um ligeiro contributo negativo”. O indicador aumentou nos três agrupamentos (bens de consumo, bens de investimento e bens intermédios).
Na Construção e Obras Públicas, melhoraram as apreciações sobre a carteira de encomendas e perspectivas de emprego, ainda que esta última “de forma ligeira”.
Verificaram-se melhorias nas divisões de “Promoção Imobiliária e Construção de Edifícios” e de “Actividades Especializadas de Construção”, mas uma queda, pelo terceiro mês consecutivo, na divisão de “Engenharia Civil”.
O indicador de confiança do Comércio “aumentou ligeiramente, após a pronunciada redução observada em Novembro”. A melhoria reflectiu “o acentuado contributo positivo das perspectivas de actividade da empresa nos próximos três meses”, já que nas apreciações relativas ao volume de vendas e de stocks, o contributo foi negativo.
Nos Serviços, a quebra de confiança foi mais evidente nas “Actividades de Informação e Comunicação”, seguindo-se as secções de “Outras Actividades de Serviços”, “Transportes e Armazenagem” e “Alojamento, Restauração e Similares”.
O pessimismo relativamente à evolução da procura superou os contributos positivos das apreciações sobre a evolução da carteira de encomendas e as opiniões sobre a actividade da empresa.