Marcelo Rebelo de Sousa perdeu em Dezembro 12 pontos percentuais na avaliação positiva dos portugueses enquanto Presidente da República, segundo o barómetro mensal da Aximage para o JN, DN e TSF. O trabalho de campo decorreu entre 19 e 22 de Dezembro e recolheu 812 entrevistas válidas.

A um mês das eleições presidenciais – e mesmo não sendo uma sondagem sobre elas -, há outro candidato que subiu nove pontos na avaliação dos portugueses, embora noutra escala: André Ventura. O líder do Chega foi identificado por 29% dos inquiridos como líder da oposição, ficando apenas atrás de Rui Rio (com 34%) e deixando longe a terceira colocada, Catarina Martins (16%). Um mês antes, André e Catarina empatavam a 20% nesta escala.

O actual Presidente da República perdeu 9 pontos na avaliação “muito boa” e 3% na avaliação “boa”, mas mesmo assim soma 62% de avaliações positivas, muito mais do que os 22% de avaliações negativas. Há 14% dos inquiridos que consideram que o seu desempenho não nem bom nem mau, número igual aos que consideram que é mau e o dobro dos que a acham mesmo “muito má” (7%).  

Apesar da queda, Marcelo regressa à casa dos 60% em que passou a maior parte do tempo nos últimos barómetros. E continua a ser nele que os portugueses mais confiam, mais do que no primeiro-ministro: metade dos inquiridos confia mais em Marcelo do que em António Costa (uma subida de três pontos) e apenas 16% diz confiar mais no primeiro-ministro.

O que se mantém inalterado é o nível de expectativa dos inquiridos quanto à exigência do Presidente da República sobre o Governo: 73% dos inquiridos querem um Marcelo que exija mais do Governo – e esta percentagem terá de incluir muitos socialistas, que continuam a ser os mais satisfeitos com a actuação do chefe de Estado.

Já o primeiro-ministro mantém quase inalterada a avaliação sobre o seu desempenho: 55% consideram-no positivo (perdeu apenas 1 ponto) e 27% dão-lhe nota negativa (subiu um ponto). Um saldo melhor do que o do seu Governo, a quem apenas 47% dão nota positiva, face a 31% que o avalia negativamente.

No entanto, pior mesmo é a avaliação feita à oposição, que “chumba” na opinião dos inquiridos: 40% dão-lhe nota negativa e apenas 25% consideram que a oposição é boa ou muito boa. O que acaba por relativizar a avaliação feita a André Ventura: se é o segundo líder da oposição, não é líder de algo muito apreciado pelos portugueses. Mas continua a subir.