O triste silêncio que invadiu o Maria Vitória e o Politeama

Nas duas margens da Avenida da Liberdade, em Lisboa, dois teatros populares virados para o grande público resistem ainda e sempre a cada crise. Mas no Politeama e no Maria Vitória a machadada da pandemia leva ao pedido de um apoio de emergência a salas que dependem do público para manterem as portas abertas.

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Filipa Fernandez

Filipe La Féria continua a deslocar-se quase todos os dias até ao Teatro Politeama. Foi ali que estreou em 1993 o musical Maldita Cocaína, espectáculo que inaugurou a nova vida da histórica sala depois de obras de remodelação, e é naquele palco da Rua das Portas de Santo Antão, no centro de Lisboa, que tem apresentado de forma ininterrupta uma programação de musicais para o grande público que se salda por sucessos constantes — fáceis de medir pelas várias centenas de representações que cada nova criação contabiliza. Mas a rua para a qual La Féria regressa, dia após dia, só no nome parece ser a mesma. Esvaziada de pessoas em pleno dia, neste ano da pandemia tornou-se quase uma versão fantasmagórica daquela artéria habitualmente cheia de corpos em animadas entradas e saídas do Politeama, do Coliseu dos Recreios, da Casa do Alentejo ou dos vários restaurantes que se alimentam desse mesmo fluxo contínuo.

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