(Ufa!) O ano chegou ao fim: as coisas que salvaram 2020

Netflix, Zoom ou TikTok. Comida e vídeos. 2020 deixou-nos no chão, mas há coisas que nos ajudaram a levantar. Prestamos-lhes homenagem.

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Sincerely Media/Unsplash

2020 foi um ano para esquecer. A pandemia acabou com rotinas, convívios e fez-nos repensar sobre o que, até então, era garantido. Mas, apesar de difícil, foi também um ano de causas e de solidariedade. E, ainda assim, há algumas coisas pelas quais podemos ser gratos. Reunimos algumas que salvaram o ano. 

Netflix

Não fossem os profissionais de saúde que cuidaram dos doentes e os cientistas que criaram uma vacina em tempo recorde, a Netflix seria a clara salvadora de 2020. É certo que já lhe declarávamos amor nos dias chuvosos — até se tornou no famoso mood “Netflix & Chill” —, mas o confinamento fez-nos apaixonar de novo. Carradas de filmes e séries prontas a consumir, com destaque para algumas que nos deixaram colados, como The Queen’s Gambit. Agradecemos agora ao binge watching que tantas vezes nos ajudou a passar as horas de confinamento. Este casamento não tem divórcio, não é verdade?

Zoom

Aulas online, reuniões online, encontros online. Passámos a fazer tudo em frente à secretária, com calças de pijama escondidas debaixo dela. E por muito que gostemos do Messenger e do WhatsApp, foi o Zoom que nos permitiu chamadas onde todos podiam participar. Tornou-se numa das apps mais badaladas. No Natal, retirou o limite de 40 minutos para chamadas na versão grátis — e já avisou que vai fazer o mesmo no Ano Novo. Zoom, a fazer famílias felizes desde 2020.

Pão caseiro

O tédio deu-nos uma ideia: munimo-nos de farinha, fermento de padeiro, e pusemos mãos à obra. O tempo de confecção, repouso e de ir ao forno já ocupavam uma tarde. A expectativa para o resultado final fazia-nos sentir ansiedade (a mesma que sentíamos para um jantar de sábado à noite, ainda se lembram?). O resultado fazia-nos sentir orgulhoso ou dava para umas boas gargalhadas, tal era o desastre. Mal ou bem, fazer pão tornou-se numa moda à qual não nos sentimos culpados por ter aderido.

Papel higiénico (?)

Ainda estamos a tentar perceber esta.

Among Us e Animal crossing

Fechados numa nave ou à solta numa ilha (ainda que virtual): qualquer uma das opções era melhor do que olhar para as mesmas paredes de casa. Os dois jogos viciaram milhões de utilizadores por todo o mundo. Among Us, por nos fazer desconfiar de todos os que jogam connosco e dar-nos vontade de apanhar o impostor; Animal crossing por nos deixar ser livres em tempo de confinamento. Conhecemos alguém que tenha resistido?

O vídeo da Cardi B

Quando Cardi B fez um vídeo a falar sobre o vírus e usou a mítica frase “guess what, bitches? Coronavirus!” foi, provavelmente, a primeira vez que nos conseguimos rir da palavra “coronavírus”. A frase tornou-se em meme e a Internet foi inundada por gifs e vídeos. Por esta altura já estavam um pouco esquecidos, mas achamos por bem desenterrá-los. De nada.

Plataformas de entrega de comida (e comida, no geral)

Este tópico é auto-explicativo.

Plantas

Quem não se tornou numa plant mom/dad durante a pandemia que levante a mão. Na impossibilidade de desfrutarmos dos jardins exteriores, trouxemo-los para dentro de casa. Ao mesmo tempo, ver algo crescer e florescer dava-nos alento. Pelo menos um ser vivo dentro da nossa casa não estava murcho. 

Novos álbuns

Não estávamos a contar e Taylor Swift veio, sem avisar, dar mais cor ao ano. Lançou Folklore em Julho e derreteu o mundo. Em Dezembro, repetiu a proeza com Evermore. Mas há mais álbuns que vieram ajudar-nos a ultrapassar este ano complicado. Women in Music Pt III das Haim, Fetch the Bolt Cutters, de Fiona Apple, ou Mordechai, dos Khruangbin. Agradecemos, uma vez mais, à música. Como sobreviveríamos sem ela?

TikTok

Danças, desafios, questionários, explicadores: o TikTok é um mundo de opções infindáveis. Fechados em casa, foi lá que encontrámos os vídeos que nos fizeram rir — e, apesar de tanta teimosia em instalar a app, acabámos por ceder. Segundo a App Annie, uma empresa de análise de apps, o TikTok foi a aplicação mais instalada durante 2020. Foi desta que nos rendemos (ou vamos desinstalá-la entretanto)? 

Tiger King

Foi a série perfeita na altura perfeita. A vida bizarra de Joe Exotic fez-nos lamentar (ou agradecer?) a banalidade da nossa, e fez-nos esquecer (por umas horas) o mundo real. Na primeira semana de exibição, os sete episódios de Tiger King foram vistos durante mais de cinco mil milhões de minutos. Um fenómeno que nos lembrou que, mesmo quando a vida parece triste, há um tigre bebé a fazer coisas fofas em qualquer parte do mundo. 

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REUTERS/Andres Stapff
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