Candidato Vitorino Silva diz ser preciso acabar com os provincianos na política

Tino de Rans foi recebido por Rui Moreira e defendeu o Porto.

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Tino de Rans na entrega das assinaturas no Tribunal Constitucional LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

O candidato presidencial Vitorino Silva disse nesta terça-feira que, apesar de não haver províncias “há muito tempo”, ainda há “alguns provincianos” na política, defendendo é preciso acabar com “a chico-espertice” e o provincianismo usado no seu exercício.

Vitorino Silva, popularmente conhecido como “Tino de Rans”, reuniu-se de manhã com o presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, tendo à saída, em declarações à Lusa, deixado críticas ao centralismo.

“Estou aqui para defender o Porto, eles querem calar as vozes do Porto. A razão de eu estar aqui hoje é sinal de que estamos muitos atentos. As províncias já acabaram há muito tempo. Já não há províncias, mas ainda há alguns provincianos que usam a chico-espertice e tem de se acabar a chico-espertice. Há muita chico-espertice na política e temos de acabar com os provincianos”, defendeu.

Para Tino de Rans, o valor da região norte não só não tem sido suficientemente reconhecido, como tantas vezes foi deixado para trás, ainda que a região mostre que sabe para onde caminha. “Não tem sido dado [valor suficiente à região norte]. Muitas vezes deixam o Porto para trás e o Porto nunca fica para trás porque sabe onde está, e quem sabe onde está sabe para onde pode ir. Às vezes eles pensam que deixam o Porto para trás, mas o Porto não está lá atrás, o Porto sabe muito bem onde está”, observou.

O candidato e presidente do partido RIR (Reagir, Incluir, Reciclar) salientou, ainda, que a sua candidatura quer um país que “tenha norte, que tenha tino”, e uma política com “tino”. Como nortenho, Vitorino Silva acredita que o Porto é o exemplo de uma cidade aberta a toda a gente, razão pela qual escolheu começar a sua pré-campanha naquela localidade liderada por um presidente independente.

“Às vezes, os partidos fecham as portas às pessoas livres, porque não há interesse em que os livres caibam. Neste momento é preciso curar a democracia, a democracia está doente e a principal razão [para esta visita] foi essa mesmo: defender a democracia porque é um património que não podemos desbaratar e andam aí alguns a tentar desbaratá-lo”, disse.

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