Benfica quer acabar o ano colado à liderança

“Encarnados” fecham 2020 com a recepção ao último classificado e com muitas ausências devido à covid-19.

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Jesus: "A equipa tem argumentos e capacidade para ter um futebol de mais qualidade" LUSA/JOSÉ COELHO

Jorge Jesus estaria, provavelmente, à espera de chegar ao final de 2020 numa situação diferente, em que o Benfica estaria estável nas exibições e nos resultados. O Benfica que “vai arrasar” e “jogar o triplo” ainda não apareceu de forma consistente nesta segunda comissão de J.J. na Luz, e isso já teve custos, com a ausência da Liga dos Campeões, duas derrotas no campeonato e o desaire na Supertaça. Ainda assim, é na liga portuguesa que os “encarnados” têm tido maior estabilidade de resultados e, nesta terça-feira (18h, BTV), vão fechar o ano civil a receber na Luz o Portimonense para tentarem a quarta vitória consecutiva no campeonato e a reaproximação ao líder Sporting, que está a cinco pontos, mas que pode ficar a dois.

O confronto será frente ao último classificado, mas isso não quer dizer que o Benfica não irá ter dificuldades, que começam no avolumar do número de infectados com covid-19 nos últimos dias. Seferovic e João Ferreira estarão em isolamento e longe da Luz, tal como já estavam antes Pizzi, Gonçalo Ramos e Jardel, sendo que André Almeida e Gabriel também não entram nas contas, mas devido a lesão.

Terminar o ano a dois pontos do líder ainda invicto Sporting é, então, o objectivo imediato de Jesus, que tem em vista o regresso à liderança que ocupou durante as primeiras cinco semanas. “Ganhando, continuamos na pegada do segundo lugar. Claro que já estivemos melhor. Há dois meses era invicto com cinco vitórias em cinco jornadas”, reconheceu Jesus, admitindo que a equipa anda longe da “nota artística”: “A equipa tem argumentos e capacidade para ter um futebol de mais qualidade. Em Portugal está mais difícil, as equipas preocupam-se em estar fechadas e tirar tempo de jogo, temos de arranjar argumentos para essa ideia de jogo.”

Seja a jogar fechado ou ao ataque, o Portimonense vai à Luz a precisar de pontos para sair do último lugar. Mas este último lugar dos algarvios não é assim tão desesperante como isso – têm oito pontos, apenas menos um que um trio de equipas que está à sua frente composto por Farense, Tondela e Boavista – e têm um registo defensivo interessante, 12 golos sofridos, apenas mais um que o Benfica.

O problema é o ataque, apenas com seis golos marcados, mas o técnico Paulo Sérgio diz que o Portimonense tem de estar preparado para todos os cenários: “A busca do golo tem de ser constante. Teoricamente, defrontando o Benfica em sua casa, diz-nos o passado e a história que teremos menos bola e atacaremos menos. Mas isso é teórico.”

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