Os bailarinos de Wuhan celebram a liberdade da melhor forma: voguing

REUTERS/Aly Song
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Xiong Daiki, professor de dança em Wuhan, diz que, desde o final do confinamento na cidade chinesa, o número de alunos aumentou. Vão à procura de aulas de vogue, um estilo popularizado pelas comunidades LGBT — e muitos destes novos alunos são precisamente jovens LGBT que decidiram viver uma vida mais autêntica depois de um ano traumático. É o caso de Crisp, uma das alunas: "Sinto que o vogue me deu imenso apoio espiritual durante este período", diz à Reuters.

Em cima de sapatos com tacões stiletto, com roupas tão arrojadas como este estilo de dança, os alunos estalam os dedos e sacodem o cabelo em frente a uma câmara: estão a filmar um vídeo promocional. "Penso que, depois da pandemia, toda a gente gosta mais de si mesma. As pessoas não trabalham tanto como dantes, por isso é natural que haja mais gente a vir dançar", refere o professor de 22 anos. 

Wuhan, o primeiro epicentro da pandemia, está a retomar a normalidade — nas ruas, na noite, nas aulas de dança. O edifício industrial, agora convertido em estúdio, enche-se de bailarinos que fazem movimentos rápidos, com braços bem definidos e posturas de modelo, como o estilo dita. Strike the pose!, já dizia Madonna, na música lançada nos anos 90 com o mesmo nome do movimento. No final, os bailarinos atiram-se de costas para o chão, em meia espargata. Sim, é um death drop. Porque não há melhor forma de terminar uma coreografia. 

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