As histórias de Soajo à volta do fiadeiro

No tempo em que as pessoas eram escravas da terra, ao fim do dia, ao borralho — fuso e roca a entreter as mãos — carpeava-se a lã, faziam-se meiotes e confidências entre mulheres. Cantava-se para os males espantar.

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O núcleo de espigueiros de Soajo Anna Costa

“A alegria delas é estar no meio da serra.” São muito autónomas, as cachenas, pelagem cor de palha ou acerejada, pele grossa e macia, focinho negro e pestanas sempre escuras. Na Primavera, se o pastor se descuidar, deslocam-se sozinhas ao alto da serra e no Outono, com o pasto a escassear, descem às inverneiras sem que alguém as guie. A alegria delas é também a alegria de Catito. São dos bovinos mais pequenos do mundo. São “cabreiras”, diz-nos António Cerqueira — procuram o pasto no meio das fragas, onde só as cabras chegam —, e “meigas”, apesar de coabitarem com os lobos no alto da serra de Soajo. “Temos uma alcateia ali onde está aquele manto de nevoeiro e outra no sopé da serra”, aponta, usando o cachimbo.

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