GNR fecha portas dos postos durante a noite após morte de homem no Seixal

Tiroteio com militares no Seixal, que provocou um morto e três feridos, levou a GNR a fechar as portas dos postos durante a noite por precaução, após ter tido conhecimento de que há a possibilidade de “represálias”.

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Nelson Garrido

A GNR emitiu uma ordem interna para que os postos territoriais se mantenham de porta fechada durante a noite após a morte de um homem de 43 anos, numa troca de tiros com militares no Seixal. Ao PÚBLICO, o tenente-coronel João Fonseca confirmou que esta é uma “medida preventiva” que decorre de uma avaliação “permanente” por parte das forças de segurança da situação.

“A GNR vai recolhendo informação e vai ajustando as medidas ao nível da protecção dos seus profissionais, precavendo qualquer tipo de situação que possa ocorrer”, acrescentou a mesma fonte, destacando que, embora as portas estejam fechadas, os militares permanecem nos postos e “continuam a estar disponíveis” para prestar auxílio a qualquer cidadão.

Segundo um documento interno da GNR, ao qual o Jornal de Notícias teve acesso, foi accionado o estado de alerta e os militares aconselhados a usar colete balístico. Além disso, o documento refere que há “a possibilidade de represálias para com os militares da GNR” e que foram avistadas “três viaturas de cor branca tipo furgão com vários indivíduos armados” na zona.

A adopção de medidas de prevenção por parte da GNR surge na sequência do tiroteio que se registou no parque de estacionamento de um supermercado em Fernão Ferro, Seixal, que provocou um morto e três feridos. Miguel Abreu, um homem de 43 anos, era procurado pela GNR após ter sido condenado a uma pena de prisão, em Setúbal, por crimes de roubo. Na terça-feira, dois militares decidiram dar cumprimento ao mandado de detenção que recaía sobre o suspeito, altura em que Miguel Abreu iniciou uma troca de tiros. O suspeito foi morto e os dois militares e uma mulher que o acompanhava ficaram feridos.

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