A direita não tem razões para estar tão optimista

Que se denota cansaço neste Governo e pouquíssima capacidade para recrutar fora do círculo dos gabinetes, não há dúvida alguma. Mas a direita ainda tem muito que penar nos próximos anos.

O acordo à direita nos Açores, o crescendo de confiança de Rui Rio, a conversa interminável em torno da ascensão de André Ventura e os problemas económicos causados pela pandemia têm permitido à direita um discurso bastante optimista quanto à possibilidade de conquistar o poder em 2023. Quando juntamos a isso a fragilidade dos acordos à esquerda, o desgaste natural que ocorre em qualquer governo e o facto de apenas Cavaco Silva ter aguentado três legislaturas (na verdade, duas e meia) como primeiro-ministro, então a conclusão de que o próximo ciclo vai ser de Rio e do PSD pode parecer relativamente natural. Na minha opinião, não é.

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