Jovem músico que estava desaparecido após desabamento de prédio em Lisboa encontrado morto

Corpo de Gastão Reis foi encontrado “por volta das 2h30”.

acidentes,bombeiros,local,lisboa,
Fotogaleria
Explosão de um prédio em Lisboa RUI GAUDÊNCIO/PÚBLICO
acidentes,bombeiros,local,lisboa,
Fotogaleria
LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
acidentes,bombeiros,local,lisboa,
Fotogaleria
Rui Gaudêncio
acidentes,bombeiros,local,lisboa,
Fotogaleria
Rui Gaudêncio
Lisboa
Fotogaleria
Rui Gaudêncio
Lisboa
Fotogaleria
Rui Gaudêncio
Fotogaleria
Rui Gaudêncio

O músico de 24 anos de idade Gastão Reis, da banda Zarco, que estava desaparecido depois de uma explosão ter feito desabar um prédio em Lisboa neste domingo de manhã, foi encontrado morto. Era residente no primeiro andar do prédio. 

A informação de que o jovem era o músico já tinha sido avançada pelo Blitz e foi confirmada pelo PÚBLICO junto de fonte próxima da banda. A vítima que está hospitalizada em estado grave será o pai do músico. 

Foto
Local da explosão no domingo de manhã Rui Gaudêncio

De acordo com o vereador da Protecção Civil da Câmara de Lisboa, o jovem que estava desaparecido foi encontrado morto “por volta das 2h30” pelo Regimento de Sapadores Bombeiros.

“Fizemos, ao longo do dia, várias abordagens com equipas cinotécnicas, tanto da PSP como do regimento de sapadores bombeiros, estivemos várias horas a tentar perceber se a pessoa podia estar do lado da Rua de Santa Marta, verificando as várias hipóteses quer com equipa cinotécnica, quer com drone, quer com uma aproximação de sapadores. Detectámos que não estava na parte da Rua de Santa Marta. Isso permitiu-nos, ao longo da noite, desmontar os vários pisos e, depois, foi possível remover o material decorrente da queda do edifício”, disse Carlos Manuel Castro​, acrescentando que a procura continuou “ao longo da noite”, até se encontrar o corpo que estava “na parte de trás do edifício”.

Os trabalhos foram suspensos por volta das 3h, mas têm de ser retomados: “Ontem, fizemos a remoção dos escombros e, depois, garantindo a segurança para os sapadores avançarem para o interior do edifício, isso aconteceu. Os trabalhos terminaram por volta das 3h, uma vez que tínhamos identificado o corpo e não se justificava continuar. Vão ser agora retomados, esta manhã.”

Será feita uma avaliação para verificar as condições para a reabertura da rua: “Teremos de proceder à limpeza da via e, depois, fazer a avaliação, em termos de condições de segurança, para ver se a via pode ser reaberta novamente, até porque temos aqui um serviço essencial para a cidade e para o país que é o Hospital de Santa Marta. Teremos todos os cuidados e todas as medidas necessárias para que se opere com toda a segurança”, disse. 

As ambulâncias não estão a fazer “o circuito normal pela Rua de Santa Marta”, mas “pelo lado oposto”, Rua da Sociedade Farmacêutica, apesar de ter sido criado um “corredor próprio com toda a segurança” para pessoas com mobilidade reduzida poderem entrar pelo hospital através daquela rua.

Quanto às causas da explosão, notou o vereador, “tudo indica” que foi gás: “Mas não temos mais certezas absolutas.” Nesta manhã, será feita ainda nova vistoria a outros prédios próximos do atingido na rua: “A indicação que temos de ontem, em termos de parecer, é que não há [perigo de derrocada]. De qualquer forma, por precaução, convém que haja uma nova vistoria, até porque ontem foi feita a desmontagem dos vários pisos do edificado. Importa perceber se isso teve impacto ou não no edificado adjacente.” Das 47 pessoas que estavam nos edifícios próximos, 13 continuam a aguardar a avaliação que será novamente feita às “condições de habitabilidade do edifício” para poderem regressar às suas casas.

O comandante dos bombeiros, Tiago Lopes, também adiantou, nesta manhã, que “o que dificultou o trabalho foi, sem dúvida, algum material que estava suspenso nos pisos superiores que não caiu”. Foi necessário ir “limpando” e “entrando”. “É um trabalho muito meticuloso e é um trabalho em que não podemos pôr nunca em causa a segurança dos trabalhadores”, disse.

No domingo, o comandante já tinha adiantado que as buscas pelo jovem desaparecido iam prolongar-se noite adentro. Uma das “empenas do edifício não inspirava confiança” para que os bombeiros pudessem entrar no edifício para realizar buscas, pelo que recorreram a uma equipa cinotécnica. “Caso os cães não detectem qualquer vida, temos de entrar, com remoção dos escombros de forma meticulosa para não criar mais danos aos prédios contíguos também”, tinha afirmado, destacando, já nessa altura, que este trabalho poderia demorar horas.

A explosão seguida de um incêndio ocorreu no número 41 da Rua de Santa Marta, na freguesia de Santo António, em Lisboa, pelas 8h deste domingo. Cinco pessoas ficaram feridas, quatro já tiveram alta e uma, que continua em estado grave devido a queimaduras, foi transportada para o Hospital de São José, onde permanece. 

Notícia actualizada às 10h30 com novas declarações do vereador da Protecção Civil.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários