É verdade que Jorge Sampaio, enquanto Presidente, recusou dar posse a Paulo Portas?

Marisa Matias usou exemplo de Sampaio para ajudar à sua argumentação de que não daria posse a um Governo com o apoio do Chega!

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LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

A frase

“Já tivemos um Presidente da República, Jorge Sampaio, que não deu posse a Paulo Portas na pasta dos Negócios Estrangeiros porque não poderia representar Portugal de uma forma coerente junto da UE”

Marisa Matias, candidata presidencial

O contexto

Questionada sobre a sua afirmação de que não daria posse a um Governo apoiado pelo partido Chega, Marisa Matias explicou que “a dimensão mais forte” do papel do Presidente da República é a “política” e isso passa “por representar os valores da democracia”. Foi a propósito disso que lembrou a formação do Governo de Pedro Santana Lopes, em 2004.

Os factos

Quando Durão Barroso abandona o lugar de primeiro-ministro em 2004, coube a Pedro Santana Lopes substituí-lo, tendo mudado alguns ministros. Na altura, Paulo Portas era ministro da Defesa e esteve para ser promovido a ministro dos Negócios Estrangeiros. Segundo a biografia autorizada de Jorge Sampaio, da autoria de José Pedro Castanheira, “devido ao seu passado eurocéptico, o Presidente alertou [Santana] para as dificuldades em o nomear”. Foi Jorge Sampaio quem sugeriu o nome do embaixador António Monteiro para chefiar a diplomacia, tendo “Santana Lopes concordado de imediato”. Portas viria a ser ministro dos Negócios Estrangeiros em 2011 no Governo de Passos Coelho e com Cavaco Silva na presidência.

Conclusão

A declaração de Marisa Matias é verdadeira. 

 
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