Itamar Vieira Junior é o vencedor do Prémio Oceanos 2020

O brasileiro recebe o primeiro prémio por Torto Arado, que já tinha o prémio Leya e o prémio Jabuti. A segunda classificada é Djaimilia Pereira de Almeida e a terceira Maria Valéria Rezende.

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Itamar Vieira Júnior conquistou, com o seu Torto Arado, o primeiro lugar do Prémio Oceanos 2020 DR

O baiano Itamar Vieira Junior é o grande vencedor da edição de 2020 do Prémio Oceanos. Torto Arado, a história de duas irmãs descendentes de escravos que trabalham numa fazenda no Sertão da Bahia, já tinha valido, em 2018, o Prémio LeYa, e, no final de Novembro, o Prémio Jabuti ao também geógrafo. Em segundo e terceiro lugar nesta edição do Oceanos ficaram, respectivamente, A Visão das Plantas, da portuguesa Djaimilia Pereira de Almeida, cujo Luanda, Lisboa, Paraíso tinha ganho o prémio máximo do Oceanos no ano passado, e Carta à Rainha Louca, da também brasileira Maria Valéria Rezende.

O anúncio dos vencedores foi feito esta sexta-feira à tarde, numa cerimónia transmitida em directo no YouTube. Os valores pecuniários dos prémios são 120 mil reais (18.564 euros), para o primeiro classificado, 80 mil reais (12.376 euros), para o segundo, e 50 mil reais (7.735 euros), para o terceiro. O júri que escolheu as obras foi composto pelos portugueses Carlos Mendes de Sousa e Joana Matos Frias, o angolano Ondjaki, a são-tomense Inocência Mata e os brasileiros Angélica Freitas, João Cezar de Castro Rocha e Viviana Bosi.

Esta edição do prémio lançado em 2003 e organizado pelo instituto brasileiro Itaú Cultural, que é patrocinado pelo banco Itaú e pelo Estado português, foi a mais concorrida de sempre: candidataram-se este ano 1872 obras publicadas em português em vários países à volta do mundo. Dessas 1872, 1649 eram do Brasil e 187 de Portugal. Em Agosto, tinham sido anunciados os 54 semifinalistas, que incluíam 15 escritores portugueses, e, em Novembro, foram anunciados dez finalistas, que incluíam mais dois portugueses além de Djaimilia Pereira de Almeida: José Luís Peixoto e Abel Barros Baptista.

A presente edição do prémio teve, como curadores, a linguista e professora cabo-verdiana Adelaide Monteiro, a escritora, jornalista e colaboradora do PÚBLICO Isabel Lucas e o jornalista brasileiro Manuel da Costa Pinto, coordenados pela gestora cultural Selma Caetano, também brasileira.

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