Moratórias do crédito são “bomba-relógio” para as empresas

O economista João Cerejeira alerta que os problemas de liquidez das empresas vão tornar-se evidentes, já a partir de 2021, por causa do fim das moratórias, podendo assistir-se a encerramentos e a um aumento do desemprego.

Foto
João Cerejeira, economista, acompanha há vários anos a evolução do mercado de trabalho em Portugal e é autor de estudos sobre o impacto do salário mínimo nas empresas ADRIANO MIRANDA

João Cerejeira, economista e professor na Universidade do Minho, prevê que o efeito da crise provocada pela pandemia vai prolongar-se no tempo de diversas maneiras. Embora não espere que o desemprego suba para os níveis de 2013, alerta que nos próximos dois anos as empresas vão ter problemas de financiamento e de tesouraria, muito à custa do fim das moratórias criadas para responder à pandemia. Isso poderá ter impacto nos salários e nas contratações, podendo conduzir a encerramentos e a um aumento do desemprego.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 1 comentários