Financiamento público em contraciclo com despesas das federações desde 2018

Estudo aponta para um crescimento das despesas e uma redução das verbas atribuídas pelo IPDJ.

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Diogo Ventura

Um estudo divulgado nesta terça-feira pelo Comité Olímpico de Portugal (COP) indica que em 2018 e 2019 o financiamento público não acompanhou o crescimento das despesas de 26 federações desportivas com modalidades que constam do programa dos Jogos Olímpicos.

“O valor de gastos das federações aumentou ligeiramente, mas o valor das transferências do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) sofreu uma redução no período estudado”, refere o estudo, concluindo que, tendo em conta este facto, “os resultados financeiros finais obtidos são reveladores do excelente desempenho das organizações desportivas”.

O documento, elaborado a partir dos relatórios de actividades e contas, mostra que em 2018 e 2019 o “aumento da despesa total das federações foi de 6%” e que, “no período referido, o financiamento público para o mesmo universo de federações desportivas teve uma redução de 8%”.

Se for retirada do estudo a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), por, segundo o COP, “ser uma realidade com outra dimensão”, os resultados alcançados mostram que “entre 2018 e 2019 houve um aumento da despesa total das federações desportivas em 13%” e que “a percentagem de financiamento público no valor da receita também sofreu uma diminuição de 50% (2018) para 48% (2019)”.

Segundo o estudo, e não contabilizando a FPF, “os resultados líquidos globais das federações desportivas estudadas passaram de 2.407.581 euros (2018) para 3.098.776,00 euros”, sendo que 22 apresentaram resultados positivos e quatro negativos.

O documento refere que “em oito federações desportivas o exercício de 2019 teve nas receitas o acréscimo de verbas resultantes das apostas desportivas num montante global de 17.134.861 euros, dos quais 12.896.901 euros foram afectos à FPF e o restante (4.237.960 euros) a sete outras federações desportivas”.

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