PS recomenda honras de Panteão Nacional para Eça de Queiroz

PS recomenda homenagem ao autor de Os Maias e apresentou, nesta segunda-feira, um projecto de resolução com vista a conceder honras de Panteão Nacional aos restos mortais do escritor e diplomata português.

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Eça de Queiroz DR

No ano em que se assinalam os 120 anos da morte de Eça de Queiroz, o PS recomenda ao Estado que preste homenagem ao escritor que “marcou indelevelmente a língua portuguesa”.

Esta segunda-feira deu entrada no Parlamento um projecto de resolução, assinado por quatro deputados socialistas — José Luís Carneiro, Ana Catarina Mendes, Pedro Delgado Alves e Maria do Rosário Gamboa —, com vista a conceder honras de Panteão Nacional ao escritor português, “em reconhecimento e homenagem pela obra literária ímpar e determinante na história da literatura portuguesa” que produziu. 

Em causa está a trasladação dos restos mortais de José Maria Eça de Queiroz — nascido a 25 de Novembro de 1845, na Póvoa de Varzim, e falecido em 1900, em Paris do jazigo de família, em Santa Cruz do Douro, Baião, para o Panteão Nacional, em Lisboa. 

O projecto de resolução sugere a constituição de um grupo de trabalho composto por representantes de cada grupo parlamentar “com a incumbência de determinar a data a definir e orientar o programa de transladação, em articulação com as demais entidades públicas envolvidas, bem como um representante da Fundação Eça de Queiroz”.

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Várias personalidades estão sepultadas no Panteão Nacional, em Lisboa MARGARIDA BASTO

Esta iniciativa surge na sequência de um “repto lançado pela Fundação Eça de Queiroz” e é justificada com a tradição de “homenagear e a perpetuar a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao país, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade”.

“À semelhança de Luís Vaz de Camões e de Fernando Pessoa, já homenageados no Mosteiro dos Jerónimos, Eça de Queiroz marcou indelevelmente a língua portuguesa. Escritor maior, não só contribuiu como poucos para a expansão da cultura portuguesa, como o fez sob a égide de um forte carácter humanista, justificando, de forma amplamente consensual, a propositura de honras de Panteão Nacional, no ano em que se assinalam os 175 anos do seu nascimento e os 120 anos da sua morte”, lê-se no documento.

Considerado um dos maiores romancistas portugueses, Eça de Queiroz é autor de obras como O Crime do Padre Amaro, O Primo Basílio e Os Maias que “marcaram a literatura e, através dela, a maneira como nos vemos”, acrescenta o texto.

Em Setembro de 1989, os restos mortais do escritor foram levados numa urna do Cemitério do Alto de São João, em Lisboa, para um jazigo de família, no Douro, depois de uma missa de corpo presente na Basílica da Estrela.

O Panteão Nacional acolhe e homenageia algumas das mais importantes personalidades da história e cultura portuguesa de todos os tempos.

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