Onde está o centro?

Também na forma como comunicamos e informamos se perdeu o “centro”. Tal como na política, a superficialidade domina sobre o critério e a reflexão.

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1. Até há bem pouco tempo, a política nas democracias jogava-se no centro. Com dois grandes partidos moderados que governavam em alternância ou com o centro ocupado por mais forças partidárias, os extremos eram apenas franjas com pouca influência nas escolhas políticas dos eleitores. Hoje, por razões que todos vamos compreendendo, o perigo maior que as democracias correm é o esvaziamento do centro e o crescimento acelerado dos extremos. E mesmo quando os sistemas políticos se reduzem a dois grandes partidos, são as facções mais radicais de cada um que tendem a ganhar maior expressão. Foi assim nos Estados Unidos. É assim, em parte, no Reino Unido – os dois modelos de democracias liberais que tínhamos como mais sólidos e perenes. Embora haja já sinais evidentes, nos dois países, de que esta polarização pode ser invertida. A eleição de Joe Biden, um político moderado vindo do tão vilipendiado establishment, é a prova mais evidente. A queda de Jeremy Corbyn e a escolha de Keir Starmer levaram o Labour de novo para o centro.

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