O FC Porto apurou-se neste domingo para os oitavos-de-final da Taça de Portugal após vencer o Tondela, uma semana depois de as duas equipas se terem defrontado para o campeonato (4-3). Tal como nessa partida, o triunfo dos portistas foi tudo menos fácil e os beirões ficaram a poucos centímetros de levar o jogo, pelo menos, a prolongamento.

Talvez escaldado com o susto apanhado no passado fim-de-semana, Sérgio Conceição não facilitou, fazendo alinhar um “onze” com apenas quatro alterações em relação a esse (uma das quais na baliza). Nada de poupanças, portanto, apesar de pela frente estar o 15.º classificado da I Liga.

Já Pako Ayestarán promoveu uma pequena revolução na equipa, alterando sete jogadores em relação a esse encontro. Mas tantas mexidas não afectaram o desempenho da equipa, que voltou a apresentar-se desinibida e sem complexos, especialmente no primeiro tempo, período em que foi capaz de causar mais calafrios aos “dragões”.

O treinador basco tinha dito, antes do encontro, que era importante não sofrer golos nos minutos iniciais. Mas foi precisamente isso que aconteceu com o FC Porto a colocar-se em vantagem por intermédio de Taremi, logo aos 4 minutos.

O avançado iraniano foi bem assistido por Corona, que fez um passe vertical para o interior da área do Tondela com Taremi a tentar desviar a bola de Trigueira. Só que a defesa do guarda-redes acabou por levar a bola a embater de novo em Taremi, encaminhando-a para o interior da baliza dos beirões.

Com o plano defensivo estragado, restava ao Tondela manter o plano ofensivo, que passava por tentar sair rápido em contra-ataque sempre que conseguia recuperar a posse de bola. E foi a partir de um pontapé de canto favorável aos “dragões” que os tondelenses chegaram ao empate, depois de Murillo ter recuperado a bola ainda junto da sua área. Três ou quatro toques depois ela estava dentro da baliza “azul e branca”, cortesia de João Mendes.

Mas os homens de Pako Ayestarán não tiveram tempo para apreciar o golo, pois apenas quatro minutos depois, uma jogada de insistência de Otávio que acabou num cruzamento atrasado com a bola a desviar ligeiramente num adversário, foi bem aproveitado por Marega, que repôs o FC Porto na frente do marcador.

Depois de mais algumas tentativas do Tondela e de um par de ataques perigosos do FC Porto o intervalo chegou e, na segunda parte, o FC Porto entrou melhor.

Os homens de Sérgio Conceição passaram a conseguir controlar melhor as saídas de bola do Tondela. e dispuseram de algumas aproximações perigosas à baliza de Trigueira, em especial uma de Marega, que obrigou o guarda-redes dos beirões a defesa atenta.

Mas à medida que o tempo passava e a bola não entrava, o Tondela foi colocando homens de ataque, voltando a pressionar o FC Porto, em busca do golo que lhe daria o prolongamento. E os últimos 15 minutos, embora sem grandes ocasiões de perigo, foram do Tondela. E, tal como, há uma semana, esse golo esteve quase a chegar, não tivesse Souley Anne desperdiçado um lance flagrante, cabeceando por cima da barra quando estava sozinho frente a Diogo Costa.