Facebook poderá ter de vender Instagram e WhatsApp após processos nos Estados Unidos

Regulador acusa empresa de Zuckerberg de ter adoptado estratégias anticoncorrenciais.

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Mark Zuckerberg, responsável pelo FACEBOOK LUSA/MICHAEL REYNOLDS

O Facebook foi processado pela autoridade da concorrência norte-americana (a Federal Trade Commission) e por quase todos os estados do país, por ter alegadamente adoptado estratégias anticoncorrenciais. A gigante tecnológica é acusada de adquirir os rivais para impedir ilegalmente a competição, envolvendo-se em práticas desleais. 

A Federal Trade Comission (FTC) considera que as aquisições feitas pelo Facebook – que permitiram à empresa tornar-se numa potência sem rival à altura – devem ser desfeitas. Nestas contas podem estar incluídas as compras do WhatsApp e Instagram que, com o Facebook, formam o trio mais popular de redes sociais em todo o mundo.

Em comunicado citado pela Reuters, a autoridade da concorrência diz que, em última instância, o Facebook poderá ser obrigado a alienar activos, como consequência das práticas abusivas de domínio digital. “Durante quase uma década, o Facebook tem usado o seu domínio e monopólio para esmagar rivais mais pequenos e arrasar a competição, às custas dos utilizadores”, afirmou Letitia, advogado que liderou a investigação dos estados norte-americanos, citado pelo The New York Times.

Por sua vez, o director do ramo da concorrência da FTC considera que as acções do Facebook “negam aos consumidores os benefícios da concorrência”. Ian Conner adianta que o objectivo do regulador é garantir a restituição da competição para que a “inovação” possa prosperar.

A primeira grande aquisição aconteceu há mais de oito anos: foi em Abril de 2012 que o Facebook anunciou a compra do Instagram, uma aplicação de partilha de fotografias, por mil milhões de dólares (762 milhões de euros). Dois anos depois, em 2014, o Facebook adquiriu a plataforma de troca de mensagens com mais sucesso em todo o mundo, o WhatsApp, por 13,8 mil milhões de euros. 

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