General demitido por tiros de canhão no golfe: não houve “anormalidade” e estava “tudo autorizado”

Antigo comandante do Comando Operacional da Madeira conta pela primeira vez a sua versão em livro lançado esta semana e aponta o dedo ao vice-chefe do Estado-Maior do Exército

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O ex-comandante da Zona Militar da Madeira (ZMM), que foi exonerado no ano passado por causa de uns tiros de canhão num torneio de golfe, abriu literalmente o livro sobre aqueles acontecimentos, apontando o dedo ao actual vice-chefe do Estado-Maior do Exército, que diz ter tido “muita responsabilidade” nos acontecimentos ocorridos durante o torneio de golfe. “Estava presente como jogador e tinha autorizado a utilização do obus 8x8, para disparo de salva”, conta o major-general Carlos Perestrelo, no livro Fogo Cruzado – O Último Governador Militar da Madeira, 2017-2019, apresentado na semana passada no Funchal. O ex-comandante da ZMM recorda o mail em que recebeu a autorização do general Guerra Pereira para a utilização do canhão no torneio de golfe, prática que não era “uma anormalidade” e que sucedeu no passado tanto na Madeira como no continente, e recorda também o telefonema entre ambos ocorrido a 5 de Dezembro de 2019, quase dois meses depois de ter sido exonerado, em que o general Guerra Pereira prometeu voltar a ligar, para trocarem impressões sobre o sucedido.  

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