Quase mil dias depois, novo duelo entre Ronaldo e Messi?

O Barcelona recebe esta noite a Juventus na Liga dos Campeões numa partida que deve marcar o reencontro entre o avançado português e o argentino.

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Messi e Ronaldo Reuters/SERGIO PEREZ

Do ponto de vista competitivo já pouco haverá para decidir, mas, se Ronald Koeman ou Andrea Pirlo não optarem por poupar os seus principais trunfos, as atenções esta noite na Liga dos Campeões vão estar direccionadas para o Camp Nou. Quase mil dias depois - o último confronto foi há dois anos e sete meses -, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo vão voltar a defrontar-se, num duelo em que Barcelona e Juventus já têm o apuramento garantido para os oitavos-de-final, e onde os italianos têm que marcar por três vezes e ganhar por uma diferença superior a dois golos para destronarem os espanhóis do primeiro lugar do Grupo G.

A 6 de Maio de 2018, o palco era o mesmo (Camp Nou), mas o cenário era bem diferente (o estádio estava cheio) e a liga era outra (campeonato espanhol). No entanto, com o título já entregue ao Barcelona, catalães e madrilenos proporcionaram um dos melhores “clássicos” dos últimos anos. Com pouco mais do que o orgulho “blaugrana” e “merengue” em jogo, Cristiano Ronaldo até começou melhor (marcou aos 14’), mas, na segunda parte, já sem o português em campo – foi substituído ao intervalo por lesão -, Lionel Messi fixou o resultado final num empate a dois golos e garantiu que a equipa comandada por Ernesto Valverde continuasse invencível na prova.

Desta vez, apesar de o Barcelona entrar em campo com cinco jogos e cinco vitórias no Grupo G, a pressão estará do lado dos catalães. Ao contrário do que tem acontecido na Champions, na liga espanhola a fiabilidade da equipa de Koeman tem sido paupérrima – quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas -, e, num surpreendente 10.º lugar a 12 pontos do líder Atlético de Madrid, o técnico holandês já não tem margem para mais erros.

Na antevisão da partida com a Juventus, Koeman admitiu que os adeptos do Barcelona têm motivos para estarem “descontentes” e confessou que a derrota no passado fim-de-semana em Cadiz deixou-o “de mau humor”: “Temos que analisar as derrotas e é diferente perder como perdemos no sábado [em Cadiz] ou no campo do Atlético [de Madrid]. Eu não faço teatro e se estou de mau humor, digo-o aos jogadores. Foi o que fiz ontem, antes do treino.”

Apesar de também não estar na liderança do campeonato, a Juventus de Pirlo tem o primeiro lugar na Serie A a uma margem bem menos problemática de recuperar (seis pontos de atraso para o AC Milan) e o técnico italiano qualificou a partida desta noite em Camp Nou como “especialmente importante para o crescimento e recuperação da auto-estima” dos “bianconeri”.

Pirlo garantiu ainda que a Juventus vai a Barcelona com o objectivo de conquistar o primeiro lugar do grupo: “Temos que acreditar [que podemos marcar três golos]. Vai ser difícil, haverá momentos difíceis, mas sabemos que teremos as nossas oportunidades. Não temos nada a perder.”

Nos restantes jogos da última jornada da fase de grupos que vão ser disputados hoje, há outra partida que merece destaque: no Red Bull Arena, RB Leipzig e Manchester United vão jogar uma “final”. Num Grupo H onde o Paris Saint-Germain tem um jogo teoricamente acessível (recebe no Parque dos Príncipes o Basaksehir) e os mesmos pontos que alemães e ingleses, o frente a frente na cidade do Leste da Alemanha será decisivo para Leipzig e United. Com vantagem no confronto directo (goleou os germânicos em Old Trafford por 5-0), a equipa de Bruno Fernandes apenas precisa de um empate para assegurar o apuramento.

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