Gonçalo Ribeiro Telles eternizado em mural pintado na freguesia de Alvalade em Lisboa

A obra, que foi concluída na quinta-feira, fica localizada nos logradouros da zona poente da Avenida Estados Unidos da América.

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Superfície da estrada
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A figura do arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, que morreu há três semanas, vai ficar eternizada na freguesia de Alvalade, em Lisboa, através de um mural pintado pelo artista urbano Styler, foi divulgado nesta sexta-feira.

Em comunicado, a Junta de Freguesia de Alvalade refere que a obra, que foi concluída na quinta-feira, fica localizada nos logradouros da zona poente da Avenida Estados Unidos da América.

“Ribeiro Telles era um artista, um ecologista, um homem de causas e inteligência única, considerado por muitos um homem à frente do seu tempo. O desafio de Styler era grande, mas o artista mostrou-se à altura”, sublinha a nota.

A obra de Styler foi executada em sete dias e nela foram utilizadas cerca de 90 cores, pintadas a spray e tintas de rolo.

O local escolhido tinha sido recentemente requalificado no âmbito da empreitada do corredor verde da Avenida dos Estados Unidos da América.

“Gonçalo Ribeiro Telles participou no projecto dos logradouros do Bairro das Estacas, construções feitas sobre pilotis, onde os jardins ganham um papel principal no seu contínuo do espaço. Alvalade tem ainda a marca do arquitecto no projecto dos jardins da Av. D. Rodrigo da Cunha, com espaços que se ligam entre si”, recorda a autarquia.

Nascido em Lisboa, em 25 de Maio de 1922, Gonçalo Pereira Ribeiro Telles licenciou-se em Engenharia Agrónoma, e formou-se em Arquitectura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia, onde iniciou a vida profissional como assistente e discípulo de Francisco Caldeira Cabral.

Em 1971, ajudou a fundar o movimento Convergência Monárquica e, após o 25 de Abril, foi um dos fundadores do Partido Popular Monárquico, a cujo directório presidiu, e que, em 1979, fez parte da Aliança Democrática (AD), liderada por Francisco Sá Carneiro.  

Ainda na política, fundou, em 1957, com Francisco Sousa Tavares, o Movimento dos Monárquicos Independentes e, depois, o Movimento dos Monárquicos Populares, apoiando, um ano mais tarde, a candidatura presidencial de Humberto Delgado.

Foi ministro de Estado e da Qualidade de Vida, no VIII Governo Constitucional, de 1981 a 1983, durante os governos da AD.

Gonçalo Ribeiro Telles foi um dos principais responsáveis pelo desenho das áreas verdes de Lisboa, de Monsanto às zonas ribeirinhas, oriental e ocidental, do Vale de Alcântara, ao Jardim Amália, no Parque Eduardo VII, sem esquecer o mais antigo Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, que fez em parceria com Viana Barreto, pelo qual recebeu o Prémio Valmor, em 1975, nem projectos noutras zonas do país, como o Vale das Abadias, na Figueira da Foz.

O Corredor Verde de Monsanto e a integração da zona ribeirinha oriental e ocidental na Estrutura Verde Principal de Lisboa, bem como os projectos da Radial de Benfica, do Vale de Chelas, e do Parque Periférico também são da sua autoria.

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