Uma mulher violada não é só uma mulher violada

Em Cock Cock… Who’s There?, Samira Elagoz mostra o quão complexo é lidar com as sequelas de uma violação, mas também “como há muitas maneiras” de o fazer. Uma performance documental que, infelizmente, ainda é demasiado pertinente em 2020, para ver entre este sábado e segunda-feira no Lux, via Teatro do Bairro Alto.

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Samira Elagoz seguiu um método de pesquisa que passou por conhecer estranhos através de plataformas online, dirigindo e filmando todo o processo cortesia Samira Elagoz
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A artista está há quatro anos em digressão com a peça "Cock Cock… Who’s There?" cortesia Samira Elagoz

Passados quatro anos desde que estreou Cock Cock… Who’s There? — e outros tantos desde que foi violada —, Samira Elagoz continua a revirar os olhos com a quantidade de vezes que lhe dizem que o seu trabalho é “uma forma muito pouco convencional de lidar com o trauma”. “O que é que seria convencional, mesmo? Automutilação? Celibato? Eu queria, precisamente, fazer com que os espectadores repensassem aquilo que acham que uma violação pode significar para a vítima”, diz ao PÚBLICO a artista, performer e cineasta finlandesa/egípcia, que entre este sábado e segunda-feira, às 11h, apresenta Cock Cock… Who’s There? na discoteca Lux, em Lisboa, por estes dias a casa emprestada do Teatro do Bairro Alto e respectiva programação.

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