Por detrás dos ecrãs

A indústria passou os últimos anos a apostar no grande espectáculo, mas o covid veio trocar-lhe as voltas: os filmes de que se fala, hoje, estão no pequeno ecrã, baralhando os territórios do que é cinema e do que é televisão.

Foto
Lovers Rock PARISA TAGHIZEDEH

Com os cinco filmes de Small Axe, Steve McQueen está a navegar nas águas desconhecidas do que pode ser uma saída para o futuro. O que se vê aqui é, tecnicamente, uma série de filmes independentes unidos por uma experiência comum; se tivesse havido Cannes, Mangrove e Lovers Rock, dois dos cinco, teriam estado na selecção do festival, mas como não houve a estreia mundial foi em sala, no festival de Nova Iorque. Mas desde o princípio que Small Axe era um projecto televisivo, pensado de raiz para exibição em sinal aberto no Reino Unido (no serviço público BBC, que co-produziu os filmes), para permitir à comunidade que McQueen homenageia partilhar a sua experiência. E, no entanto, Small Axe, que em Portugal pode ser visto na HBO, vem juntar-se a toda uma série de cineastas que estão a encontrar no pequeno ecrã (que é cada vez menos assim tão pequeno) um novo espaço de liberdade.

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