Ryanair compra mais 75 aviões 737 Max à Boeing

Para a Ryanair, há um “antes” e um “depois” da entrada desta aeronave no mercado, com mais lugares e menos consumo de combustível.

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Compras à Boeing subiram para mais de 22 mil milhões de dólares LUSA/TOMS KALNINS

A companhia aérea Ryanair anunciou esta quinta-feira uma encomenda à Boeing de 75 aparelhos 737 Max, a mais importante desde que este modelo de avião foi proibido de voar há 20 meses.

A Ryanair explicou em comunicado que a transacção eleva o total das encomendas que fez de 737 Max para 210 aparelhos, num valor que supera os 22 mil milhões de dólares (mais de 18 mil milhões de euros ao câmbio actual).

A companhia aérea indicou que espera receber as primeiras entregas na primavera do próximo ano, decorrendo as restantes até Dezembro de 2024. Esta encomenda foi conhecida numa altura em que o aparelho fez o seu primeiro voo público de relançamento nos Estados Unidos, após dois acidentes que fizeram 346 mortos no fim de 2018 e no início de 2019.

O voo promocional organizado pela American Airlines ligou na quarta-feira Dallas, no Texas, a Tulsa, no Oklahoma, com o objectivo de dissipar os receios e mostrar que o modelo de avião é fiável. “Estamos orgulhosos por a Ryanair confiar mais uma vez no Boeing 737”, afirmou o líder do construtor aeronáutico, Dave Calhoun, citado no comunicado.

Por sua vez, o presidente executivo do grupo Ryanair, Michael O'Leary, disse que espera “receber 50 destes aviões em 2021 se a Boeing puder retomar a produção para os entregar”.

Para a Ryanair, há um “antes” e um “depois” da entrada desta aeronave no mercado. O Boeing 737 Max-8200 traz consigo, diz a empresa, mais oito assentos por voo, “mas gasta menos 16% de combustível” e reduz o ruído. O avião, refere a companhia, é o ideal para a Ryanair se expandir a nível europeu na próxima década e voltar ao crescimento em 2021, ano em que já se espera o efeito das vacinas.

Na sequência do anúncio das vacinas, a organização mundial que reúne as companhias aéreas, a IATA, reviu em baixas a sua perspectiva de perdas globais para 38 mil milhões de dólares (31,3 mil milhões de euros). Para este ano, a factura aponta para os 118 mil milhões de dólares (97,2 mil milhões de euros). 

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