A marca francesa Longchamp divulgou, em comunicado, a morte do seu presidente, Philippe Cassegrain. O empresário, de 83 anos, tinha contraído covid-19 e, de acordo com as informações veiculadas, morreu no sábado na sequência de complicações relacionadas com a doença, deixando a empresa francesa de artigos de couro de luxo nas mãos da família.
“Actualmente”, informa o comunicado, “a maison está nas mãos da terceira geração da família Cassegrain”: o filho mais velho Jean Cassegrain lidera a administração, a filha Sophie Delafontaine é directora criativa e o filho mais novo Olivier ocupa-se do desenvolvimento da marca nos Estados Unidos. Além disso, a quarta geração começa a dar os primeiros passos no negócio: Adrien Cassegrain é o mais recente director de transformação e Hector Cassegrain assume o negócio no Reino Unido.
A Longchamp foi fundada em Paris, em 1948, por Jean Cassegrain, pai de Philippe, que, pouco tempo depois, colocou o filho a estudar o negócio. Aos 16 anos, o rapaz foi destacado para fomentar as relações internacionais da marca, iniciando uma viagem à volta do mundo, com uma mala que continha amostras da Longchamp. “A minha missão era reunir-me com os contactos do meu pai, estava curioso sobre tudo”, chegou a recordar.
Após o regresso a Paris, Philippe passou a ajudar o pai na administração da empresa, estando envolvido em todos os processos, desde a criação, fabrico e marketing até às vendas. Até que chegou a presidente, em 1972, dando início à produção das primeiras malas de viagem com nylon e couro, ao mesmo tempo que implementou a marca na Ásia. Nos anos 1980, com o apoio da mulher, Michèle, iniciou uma nova era com o desenvolvimento de carteiras femininas.
Mas, o marco mais relevante viria na década seguinte, em 1993, quando criou o icónico saco Le Pliage, reconhecido em todo o mundo e apresentado como “a quintessência da sua filosofia de design: simplicidade, relevância e elegância”.
Philippe Cassegrain é descrito como um homem que viveu a vida de forma apaixonada e que “incorporou todos os valores Longchamp: sinceridade, dinamismo, optimismo e particularmente curiosidade criativa”.
