Confinamento? Infodemia? Pandemia? Está aberta a votação para palavra do ano

O anúncio das palavras vencedoras está previsto para 4 de Janeiro de 2021.

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Paulo Pimenta

Covid-19? Telescola? Zaragatoa? A votação para palavra do ano, uma iniciativa da Porto Editora, já está, a partir deste momento, aberta, em www.palavradoano.pt e o conjunto de dez vocábulos que fazem parte da lista final está, como não podia deixar de ser, ligado em grande parte à pandemia provocada pelo SARS-CoV-2 que marcou Portugal e o mundo.

Este ano, de acordo com informação do grupo editorial, a eleição da palavra do ano decorre, pela primeira vez em simultâneo em Portugal, Angola e Moçambique. Cada país tem uma lista final própria e a votação, que decorre até ao fim do ano, está aberta nos diferentes sites (www.palavradoano.co.ao/ e, ainda, www.palavradoano.co.mz/). O anúncio das palavras vencedoras será feito a 4 de Janeiro de 2021.

Estas listas são elaboradas, explica o grupo, tendo em conta a “observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa, levado a cabo pela Porto Editora, através da análise de frequência e distribuição de uso das palavras e do relevo que elas alcançam, tanto nos meios de comunicação e redes sociais como no registo de consultas online e mobile dos dicionários da Porto Editora”, e “tendo em consideração também as sugestões” feitas no site da iniciativa.

Em 2019, a palavra, ou expressão, do ano escolhida em Portugal foi “violência doméstica”, considerando-se “urgente impedir novos casos de violência doméstica como os que ocorreram nos últimos anos”.

Lista de palavras candidatas em 2020

Confinamento, uma palavra que, esclarece o grupo editorial, entrou na “vida colectiva a 18 de Março, dia em que foi decretado o primeiro estado de emergência provocado pela pandemia”.

Covid-19, doença que se tornou “pandémica e alterou profundamente a vida de biliões de pessoas em todo o mundo”.

Discriminação, porque “em Portugal no mundo multiplicaram-se casos de discriminação, muitas vezes de natureza étnica, gerando grande preocupação e pondo em causa os valores humanistas”.

Digitalização, considerando-se que “o acto ou efeito de tornar digital emergiu, no contexto da pandemia, como uma das maiores prioridades, transversal a todos os setores da sociedade, da educação à economia”.

Infodemia, vocábulo que “resulta da combinação de informação com epidemia e foi usado com frequência para designar o enorme fluxo de informações – nem sempre fidedignas – relacionadas com a pandemia”.

Pandemia, uma vez que a, “a partir do momento em que a epidemia da covid-19 ultrapassou fronteiras continentais, o mundo viu-se confrontado com uma pandemia”.

Saudade, “palavra genuinamente portuguesa” e “um sentimento muito presente como consequência do distanciamento físico e, também, da ruptura em relação às rotinas mais simples e banais”.

Sem-abrigo, um “problema social crescente” que “pode assumir contornos de calamidade, em consequência da crise económica actual”.

Telescola que, estando “ausente dos televisores portugueses desde 1987”, sintonizou-se “com as novas gerações como uma das soluções de ensino à distância em contexto de pandemia”.

Zaragatoa, um “instrumento de colheita de amostra de secreções” que “ganhou relevância no despiste do vírus SARS-CoV2, tornando-se um nome familiar para a maioria das pessoas”.

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