Pela liberdade de o PCP se enganar a si mesmo

A maioria das pessoas que ainda votam no PCP fazem-no porque, no jargão corrente, são “contra o sistema instalado”, não por serem a favor do sistema alternativo que o PCP desejaria instalar. Esse, toda a gente sabe, está morto e enterrado.

A minha “fadiga pandémica” também já se manifesta na falta de paciência para a conversa sobre a capacidade de organização dos comunistas. Essa conversa começou com o 1.º de Maio da CGTP, continuou com a Festa do Avante! e, agora, com o Congresso do PCP deste fim-de-semana. Sempre que os portugueses têm as suas liberdades de circulação e reunião restringidas por causa da pandemia, é fatal que apareça alguém a lembrar o talento excepcional dos comunistas para o arranjo de multidões, a régua e esquadro, em descampados e pavilhões.

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