Costa quer cooperar com Moçambique no combate ao terrorismo e aponta cimeira bilateral para 2021

Primeiro-ministro falou com o presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

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António Costa, primeiro-ministro Rui Gaudencio

O primeiro-ministro, António Costa, transmitiu nesta terça-feira ao Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, a disponibilidade de Portugal para “apoiar, bilateralmente, e no quadro da União Europeia” o país nos esforços de combate ao terrorismo na região de Cabo Delgado.

“Falei hoje com o Presidente Filipe Nyusi. Abordámos a gestão da pandemia e a situação nos dois países, em particular os esforços de Moçambique para combater o terrorismo na região de Cabo Delgado. Portugal está solidário e disponível para apoiar, bilateralmente e no quadro da UE”, escreveu António Costa, numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter.

O primeiro-ministro português revelou ainda que espera que a próxima cimeira bilateral entre os dois países se possa realizar no segundo semestre do próximo ano, em Maputo.

“Estamos empenhados em aprofundar as nossas relações bilaterais e de cooperação. Contamos que a próxima cimeira bilateral possa ter lugar em Maputo, no segundo semestre de 2021”, escreveu, também no Twitter.

A violência armada em Cabo Delgado, norte de Moçambique, está a provocar uma crise humanitária com cerca de duas mil mortes e 500 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

A província onde avança o maior investimento privado de África, para exploração de gás natural, está desde há três anos sob ataque de insurgentes e algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo “jihadista” Estado Islâmico desde 2019.

A última cimeira bilateral entre Portugal e Moçambique, a IV, realizou-se em 3 de Julho de 2019 em Lisboa, com a presença do primeiro-ministro português e do Presidente moçambicano.

Nessa altura, foram assinados entre os dois governos 13 acordos, com destaque para a prorrogação de uma linha de crédito de 400 milhões de euros até 2020, protocolos na área da saúde e de apoio a regiões moçambicanas afectadas por ciclones.

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