PSD diz que Marcelo faz de “primeiro-ministro” ao chamar ministras da Saúde e Justiça

O deputado Carlos Peixoto considera que a situação é “grave” e defende que os reclusos devem ser submetidos a testes de diagnóstico.

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Carlos Peixoto defende que os reclusos devem ser submetidos a testes à covid-19 quando regressam das saídas precárias Daniel Rocha

O vice-presidente da bancada do PSD, Carlos Peixoto, considera que os surtos de covid-19 nas prisões são graves e que o Presidente da República está “a fazer de primeiro-ministro” ao chamar a Belém a ministra da Saúde e a da Justiça.

Em conferência de imprensa, no Parlamento, Carlos Peixoto conclui que “o plano de contingência colocado em prática no início da pandemia não está a funcionar” por haver uma “divergência entre a Direcção-Geral de Saúde e a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais” sobre o uso de máscara nas prisões. Perante a situação, o deputado assinala que o Governo “está sem rei nem roque” e que Marcelo Rebelo de Sousa interveio.

“O Presidente da República está neste caso em concreto a fazer de primeiro-ministro, chamou a ministra da Saúde e da Justiça para explicarem o que o primeiro-ministro, colocando a cabeça na areia, não consegue explicar”, afirmou.

Referindo que o mais recente balanço aponta para 435 pessoas infectadas nas prisões, entre reclusos e funcionários, Carlos Peixoto adiantou que a bancada enviou perguntas à ministra da Justiça sobre o plano de contingência e eventuais medidas extraordinárias e que só depois da resposta bem como do resultado das audiências de hoje em Belém o partido equaciona outras acções.

“Esperamos que a conversa que o Presidente da República tenha com as ministras resolva a questão. Se não resolver a questão cada uma das ministras terá de explicar o que está a fazer perante uma situação destas. O que nos importa é que haja segurança sanitária dentro das prisões” afirmou. O vice-presidente da bancada social-democrata defendeu que “os reclusos cada vez que saem em precárias têm de ser submetidos a testes de diagnóstico e devem ser confinados em instalações dos estabelecimentos prisionais ou se isso não for possível noutras instalações com condições pessoais sanitárias asseguradas”.

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