Jogadores com riscas na cara pelo fim da violência contra as mulheres

Uma em cada três mulheres é vítima de violência, sendo que 40% não fala do tema com ninguém. As estatísticas dizem igualmente que a cada dois dias uma mulher é assassinada pelo seu companheiro.

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Ronaldo com a risca vermelha na cara Reuters/MASSIMO PINCA

Os futebolistas, treinadores e árbitros da Liga italiana estão a competir neste fim-de-semana com um uma marca vermelha pintada no rosto, sinal de adesão à iniciativa “um vermelho à violência” contra as mulheres.

O fenómeno da violência contra as mulheres está a atingir níveis cada vez mais dramáticos e inaceitáveis. Graças a esta iniciativa, conseguimos, nos últimos anos, sensibilizar muitas pessoas sobre este drama”, justificou o presidente da Serie A, Paolo Dal Pino.

A iniciativa, à qual o campeonato italiano se associa pelo quarto ano consecutivo, decorre em colaboração com a WeWorld, organismo que há mais de meio século defende os direitos das mulheres e das crianças.

Uma em cada três mulheres é vítima de violência, sendo que 40% não fala do tema com ninguém. As estatísticas dizem igualmente que a cada dois dias uma mulher é assassinada pelo seu companheiro.

A pandemia da covid-19 piorou a situação a nível mundial, facto que nos últimos meses se traduziu no aumento de 25.000 casos de violência contra as mulheres relativamente ao ano passado.

“Para combater esse problema, é preciso intervir nos efeitos da violência, física e económica, e estar ao lado das mulheres que querem construir uma nova vida. Mas também é importante falar sobre isso, mostrar às mulheres que elas não estão sozinhas”, disse Marco Chiesara, presidente da WeWorld.

Este ano a iniciativa contou ainda com o apoio de alguns dos ex-futebolistas mais mediáticos de Itália, como Alessandro Del Piero, Bernardo Corradi ou Marco Materazzi, além da campeã olímpica de esgrima Elisa Di Francisca.

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