Barómetro: Bloco e Chega separados por 0,4 pontos

Trabalho de campo ocorreu depois das votações do OE e da declaração do quarto estado de emergência.

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Bancada do Bloco de Esquerda Nuno Ferreira Santos

Há vários recuos no barómetro político de Novembro feito pela Intercampus para o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã. O principal é o do Bloco de Esquerda que perde três pontos para se situar agora nos 7,7%, aproximando-se do Chega, actualmente nos 7,3%.

Além da descida do Bloco, que os jornais atribuem ao facto de o partido ter votado ao lado da direita contra o Orçamento do Estado para 2021, há ainda a registar a subida do PAN no valor de um ponto percentual (para 5,3%), que ultrapassa a CDU (4,9%). Tanto a CDU como o PAN optaram pela abstenção na votação do orçamento, assim como as duas deputadas não inscritas.

Curiosamente, no último barómetro, o Bloco obtinha o melhor resultado desde as eleições legislativas de Outubro de 2019. Com 11% das intenções de voto, os bloquistas reforçavam a terceira posição.

À direita, o CDS mantém-se nos 4,1% que obteve em Outubro enquanto a Iniciativa Liberal (IL) sobe para 3,3% das intenções de voto (um ponto a mais). 

Ao centro, PS e PSD perdem pontos, mas continuam em primeiro e em segundo lugar com 37,1% e 24,2% das intenções de voto. Segue-se o Bloco, o Chega, o PAN, a CDU, o CDS e a IL. E último lugar surge o Livre, sem Joacine, que sobe de 0,3 para 1,8%. 

Quase metade dos inquiridos pela Intercampus (49,1%) entendem que o Bloco não “fez bem em votar contra o OE 2021” e 33,6% “acham que sim”. Já 63,2% dos entrevistados compreendem e concordam com a abstenção do PCP e do PEV (apenas 20,9% acham que foi uma decisão errada). 

Na avaliação dos líderes, António Costa o desempenho de António Costa (PS) continua a cair e está agora em 3,2 valores. Rui Rio (PSD) e Catarina Martins também descem para 2,9 e 3 valores, respectivamente. André Silva (PAN) tem 2,9 e Jerónimo de Sousa (PCP), Francisco Rodrigues dos Santos (CDS) e João Cotrim de Figueiredo (IL) têm 2,7. André Ventura (Chega) está em último com 2 valores.

Apesar de ter descido de 3,8 para 3,6 no último mês, o desempenho do Presidente da República continua a ser superior ao de qualquer outro líder.

Os trabalhos de campo (entrevistas telefónicas) deste barómetro realizaram-se entre os dias 9 e 16 de Novembro, já depois da declaração do quarto estado de emergência. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de cerca de 3,9%, e a taxa de resposta obtida neste estudo foi de 60,5%.
 

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