Um festival Fora do Lugar e de olhos postos no território, mesmo em pandemia

O festival de músicas antigas de Idanha-a-Nova regressa de 20 de Novembro a 6 de Dezembro para uma nona edição híbrida, entre os eventos presenciais e o streaming.

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O acordeonista João Barradas Gonçalo F. Santos

O Fora do Lugar – Festival Internacional de Músicas Antigas regressa à vila de Idanha-a-Nova entre os dias 20 de Novembro e 6 de Dezembro para a sua nona edição, equilibrando o presencial com o streaming e apresentando um programa pluridisciplinar que, apostando exclusivamente em artistas nacionais, agrega concertos, encontros por Zoom com criadores, webinars e até mesmo uma caminhada de observação de aves.

Fruto de uma parceria entre a editora independente Arte das Musas e o município do distrito de Castelo Branco, o Fora do Lugar, garante no site do evento o director Filipe Faria, mantém em 2020 a mesma ambição de “afirmar o meio rural como espaço criador e aberto ao mundo”, habitando “os lugares mais admiráveis de Idanha-a-Nova com música, passeios, histórias, oficinas, cinema e gastronomia”.

Num ano forçosamente diferente do habitual, esta nona edição não quis desistir completamente do elemento físico, procurando inaugurar “novos espaços de diálogo com o território” e a sua comunidade. O Fim-de-Semana Bach Fora de Pé inaugura a programação, trazendo concertos do acordeonista João Barradas (20 de Novembro, 21h30, Antiga Sé de Idanha-a-Velha) e da dupla Miguel Amaral e Pedro Rodrigues (21 de Novembro, 21h30, Centro Cultural Raiano), autores do projecto Khytar 12,6.

“Quando chegou a pandemia foram desenhados vários cenários possíveis. Tínhamos um programa super internacional e, nessa altura, decidimos passar essa programação para 2021 e desenhar uma nova para este ano”, explicou Filipe Faria à Lusa no início de Novembro.

Dentro da programação musical, também haverá demonstrações e conversas com O Bando de Surunyo, ensemble dirigido pelo alaudista Hugo Sanches, Carlos Rodrigues, tocador de handpan e responsável pelo projecto Kabeção, ou ainda o grupo de música tradicional mirandesa Galandum Galundiana, de Alexandre Meirinhos, João Pratas, Paulo Meirinhos e Paulo Preto.

Junta-se ainda ao programa um filme-concerto, Olha para mim... que pode não ser verdade, amanhã, da autoria do próprio Filipe Faria. A obra de quase 38 minutos já pode ser vista no YouTube.

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