Nagorno-Karabakh: na terra queimada há sempre gente a chegar e a partir

Acordo de cessar-fogo entre Arménia e Azerbaijão redistribuiu territórios disputados e promoveu fluxo cruzado de deslocações para dentro e fora do enclave. Para os que regressam ou que fogem, a terra nunca chega a mudar de mãos – é sua e não dos outros.

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Escola destruída pelas bombas em Knaravan Reuters/STRINGER
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Filas junto ao um banco alimentar em Stepanakert, capital de Nagorno-Karabakh Reuters/STRINGER
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Soldados russos já chegaram ao enclave EPA/RUSSIAN DEFENCE MINISTRY HANDOUT HANDOUT
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Um soldado capta o momento em que um residente de Cherektar pega fogo à sua própria casa Reuters/STRINGER
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Bombardeamentos em Stepanakert são vísiveis Reuters/STRINGER

Ashot Khanesyan, um arménio de 53 anos que viveu durante quase três décadas na região de Kelbajar, no enclave do Nagorno-Karabakh, teve duas grandes decisões para tomar nos últimos dias. A primeira: queimar ou não queimar a casa que construiu com as suas próprias mãos. A segunda: deixar para trás as galinhas ou as batatas. A “consciência” convenceu-o a não pegar fogo à casa de uma vida e o pragmatismo levou-o a optar pelos animais. 

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