Pacheco Pereira, Nuno Portas e Correia de Campos serão doutores “honoris causa” do ISCTE

O título de doutor “honoris causa” é atribuído pelo Instituto Universitário de Lisboa. A cerimónia está marcada para 16 de Dezembro e conta com a presença do Presidente da República.

Pacheco Pereira vai receber o título de doutor "honoris causa"
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Pacheco Pereira vai receber o título de doutor "honoris causa" Rui Gaudencio
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Nuno Portas NEG NELSON GARRIDO
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Correia de Campos Daniel Rocha

O historiador e político José Pacheco Pereira; o ex-ministro das Saúde e ex-presidente do Conselho Económico e Social António Correia de Campos; e o arquitecto e urbanista Nuno Portas vão ser galardoados com a distinção “doutoramento ‘honoris causa'”, atribuída pelo ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, no âmbito do 48.º aniversário da instituição.

Nas propostas dirigidas ao conselho científico da universidade pelos grupos de professores proponentes, cada um dos laureados é apontado como “personalidade portuguesa de mérito excepcional, publicamente reconhecido”, nas respectivas áreas de actuação profissional, académica e política, revelou nesta segunda-feira o Instituto Universitário de Lisboa em comunicado.

A proposta de concessão do título a José Pacheco Pereira destaca a “reconhecida intervenção” do historiador na política, na academia e nos meios de comunicação e enfatiza as “funções relevantes” que desempenhou como “deputado, eurodeputado, professor, investigador e divulgador de conhecimento sobre a história política e social do país, tanto através da publicação de várias obras relevantes nesses domínios, bem como da criação do arquivo Ephemera, mantendo ao longo de várias décadas uma presença constante nos meios de comunicação social”.

O país deve a Pacheco Pereira a valorização da importância das evidências da vida política e quotidiana, as quais são fundamentais para a produção de conhecimento científico rigoroso”, lê-se no texto.

Nuno Portas marcou, de forma indelével, o debate sobre arquitectura, urbanismo e habitação nas suas dimensões estética, social e política em Portugal durante mais de cinco décadas. (…) O seu legado histórico e cultural é de interesse público, justificando a presente proposta de concessão do título de professor 'honoris causa' do ISCTE”, afirma a universidade na proposta de atribuição do título de doutoramento. Nascido em Vila Viçosa, Nuno Portas participou a seguir ao 25 de Abril nos três primeiros Governos Provisórios. 

Em relação a António Correia de Campos, a universidade evidencia as funções relevantes” que exerceu no âmbito da Saúde e da Administração Pública. “É uma personalidade reconhecida como administrador hospitalar, académico, político e governante português”, diz a proposta de atribuição do título ao antigo governante.

“Professor catedrático de prestígio reconhecia da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, [Correia de Campos] foi director da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, quadro do Banco Mundial em Washington (…). Exerceu diversos cargos governativos, primeiro como secretário de Estado do Abastecimento no V Governo provisório (1975), secretário de Estado do V Governo Constitucional (1979-1980) e ministro da Saúde dos XIV (2001-2002) e XVII governos constitucionais (2005-2008). Nesta última passagem pelo governo, entre outras iniciativas, iniciou a reforma dos cuidados de saúde primárias e a criação da rede de cuidados continuados”.

Citada no comunicado da instituição, a reitora do ISCTE, Maria de Lurdes Rodrigues, afirma que para a universidade “é muito importante distinguir pessoas que têm um percurso tão notável em áreas fundamentais do ensino e da investigação da universidade como Nuno Portas, Correia de Campos ou Pacheco Pereira”. “Esta atribuição dos doutoramentos ‘honoris causa’ é, por isso, um acto académico de grande relevância, apesar do contexto marcado pela pandemia da covid-19”, acrescenta Maria de Lurdes Rodrigues.

A cerimónia de entrega dos títulos de doutoramentos “honoris causa” está marcada para o dia 16 de Dezembro e contará com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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