ATP Finals: Djokovic e Medvedev implacáveis na estreia

Vitórias em dois sets deixaram ambos bem posicionados para atingir as meias-finais.

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Djokovic impôs-se a Schwartzman por 6-3, 6-2 Reuters/TOBY MELVILLE

Confirmou-se a estatística: desde a derrota em 2007, na então designada Tennis Masters Cup, Novak Djokovic nunca mais voltou a perder o primeiro encontro no evento que reúne os oito melhores tenistas do ano. Um dia depois de receber, pela sexta vez, o troféu referente ao primeiro lugar do ranking no final do ano, o sérvio entrou nas Nitto ATP Finals com uma vitória, por 6-3, 6-2, frente a Diego Schwartzman, o único não-europeu presente no evento de final de época. E celebrou como se as bancadas não estivessem vazias, virando-se para os quatro lados do court, com a mão no coração.

“É também o meu agradecimento ao court e a esta oportunidade por poder competir. Mesmo sabendo que não há público nas bancadas, sei que há muita gente a ver pela TV, por isso quis partilhar essa emoção com eles”, explicou Djokovic, que procura igualar o recorde de títulos nas ATP Finals de Roger Federer, após cinco triunfos entre 2008 e 2015.

Schwartzman foi o último a qualificar-se para este Masters e há pouco mais de uma semana. Embora a rapidez do court instalado na Arena O2, em Londres, não seja a ideal, o número nove do ranking foi o primeiro a assinar um break no encontro, no terceiro jogo – nada de inesperado para o tenista que lidera, a par de Nadal, a lista de maior número de jogos de resposta ganhos este ano (36%).

Mas Schwartzman acabou por forçar o sérvio a elevar o nível de jogo e, depois do break para 5-3, Djokovic tomou o controlo do encontro, traduzido na conversão de quatro de seis break-points e nos 65% de pontos ganhos no segundo serviço adversário ao longo dos 77 minutos de jogo.

No segundo encontro do Grupo Tóquio 1970, assistiu-se a uma reedição da final de Paris, oito dias antes, e com o mesmo vencedor: Daniil Medvedev (4.º ATP). Na estreia no Masters em 2019, o russo não ganhou nenhum dos encontros do grupo, mas este ano chegou a Londres com a confiança de ter conquistado o seu terceiro título Masters 1000 na capital francesa e derrotou Alexander Zverev (7.º), por 6-3, 6-4.

Medvedev esteve melhor no aproveitamento do segundo serviço (57% de pontos ganhos contra 21% do alemão) e no segundo set perdeu somente cinco pontos nos cinco jogos em que serviu. Até se deu ao luxo de servir “por baixo”, quando liderava por 4-3.

“Não quis desrespeitá-lo de forma alguma e por isso fi-lo a 30-30 e não a 30-0. O meu serviço não estava a funcionar como queria e quando pensei em bater para o T, vi que ele estava cinco metros atrás da linha de fundo e arrisquei. Ele devolveu bem, mas resultou, acho que foi inteligente da minha parte”, explicou o primeiro russo desde Nikolay Davydenko, que competiu entre 2005 e 2009, a actuar nas ATP Finals em anos consecutivos.

Na quarta-feira, Zverev, campeão aqui em 2018, vai jogar com Schwartzman, enquanto, na sessão nocturna, jogam os vencedores da primeira jornada, Djokovic e Medvedev.

Esta terça-feira, disputa-se a segunda jornada do Grupo Londres 2020, com Rafael Nadal a defrontar Dominic Thiem, num duelo em que ambos procuram a segunda vitória na prova. À noite, Stefanos Tsitsipas e Andrey Rublev procuram o primeiro triunfo e manter a esperança de chegar às meias-finais.

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