Nadal e Thiem com inícios prometedores nas ATP Finals

Presença nas meias-finais em perigo para Tsitsipas e Rublev.

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Rafael Nadal LUSA/ANDY RAIN

Foi o início nas Nitto ATP Finals mais desejado por Rafael Nadal e Dominic Thiem. Embora uma derrota neste elitista torneio não signifique a eliminação, vencer o primeiro dos três encontros no grupo dá uma confiança fundamental para encarar a semana, recheada de duelos difíceis com adversários do top-10. Perante o desolador ambiente de uma Arena O2 de Londres vazia, Nadal e Thiem mostraram grande determinação em encontros com histórias diferentes.

Muito agressivo, a bater na bola cedo, Nadal foi uma ameaça constante para Andrey Rublev (8.º no ranking), em especial, na resposta aos segundos serviços. O número dois do ranking serviu a elevado nível, perdendo apenas 12 pontos em 10 jogos de serviço e não enfrentou nenhum break-point, para impor-se, por 6-3, 6-4 em 77 minutos.

“O primeiro encontro é sempre traiçoeiro, por isso, é um começo positivo. O meu serviço funcionou muito bem esta noite e aproveitei as poucas oportunidades que tive na resposta e estou muito satisfeito. Sei que me espera um próximo encontro difícil como o Dominic”, afirmou Nadal, que também elogiou a boa forma de Rublev, jogador que chegou a Londres com o maior número de títulos conquistados em 2020, cinco, e venceu mais encontros, 40 – 20 vitórias nos últimos 22 encontros.

As ATP Finals abriram com a reedição da final de 2019, então ganha por Stefanos Tsitsipas (6.º). Tal como há um ano, o embate foi decidido em três sets, mas desta vez o grego não conseguiu superar Dominic Thiem (3.º), com o vencedor do Open dos EUA a vencer, com os parciais de 7-6 (7/5), 4-6 e 6-3.

“O nível foi muito alto no ano passado; hoje foi um pouco diferente, apenas dois breaks em todo o encontro, condições muito rápidas. Estou muito contente com a vitória sobre um top-10 nas Finals é especial, ainda por cima sobre o Tsitsipas”, explicou Thiem, antes de confessar que sente a falta dos adeptos nas bancadas: “Fisicamente, foi o ano mais fácil desde há muito tempo; este foi o meu 30.º encontro no ano, o que não é muito. Mentalmente, é duro, porque num encontro como este, vamos buscar muita energia aos milhares de fãs; assim, temos de estar sempre a puxar por nós mesmos.”

Tsitsipas, que no ano passado se sagrou o mais novo campeão da prova desde 2001, lamentou a perda do primeiro set, após liderar o tie-break por 4/1, mas também a ausência dos fãs. “Há alguma coisa que falta no meu jogo e em que tenho de trabalhar, mas o ambiente torna tudo mais difícil. Sou um jogador que sente a energia do público e já ganhei muitos encontros por causa desse apoio”, adiantou o grego, que ainda pode terminar o Grupo Londres 2020 entre os dois primeiros lugares e qualificar-se para as meias-finais, precisando de derrotar Rublev, na terça-feira.

Na jornada de segunda-feira, dedicada ao Grupo Tóquio 1970, Novak Djokovic (1.º) defronta o estreante Diego Schwartzman (9.º) e, à noite (20 horas), Daniil Medvedev (4.º) joga com Alexander Zverev (7.º), numa reedição da final do Masters 1000 de Paris, há duas semanas, ganha pelo primeiro.

Ontem, teve também início a prova de pares, como oito duplas dividas pelos grupos Bob Bryan e Mike Bryan, em homenagem aos gémeos norte-americanos, que abandonaram o circuito em Fevereiro, depois de se tornarem no par de maior sucesso na história do ténis mundial. Já se sabe que irá haver uma dupla campeã inédita, pois somente dois dos 16 tenistas presentes, John Peers e Marcel Granollers, já triunfaram nas ATP Finals, mas com parceiros diferentes dos actuais.

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