Mariana Vieira da Silva: “A regra é podermos ficar em casa”
No dia em que começa o novo estado de emergência, a ministra Mariana Vieira da Silva fala em entrevista à TSF sobre as regras em vigor e as excepções.
A ministra da Presidência defende que, neste momento, mais do que as excepções, importa, em primeiro lugar compreender a regra. “E a regra (...) é podermos ficar em casa sempre que tal for possível”.
Em entrevista à TSF, esta segunda-feira de manhã, Mariana Vieira da Silva enquadra a necessidade de aumento das restrições nesta fase com a subida do número de novos casos de infecção com o coronavírus, para defender que as pessoas se concentrem mais na regra do que nas excepções.
Estas não são muito diferentes das que vigoraram durante o confinamento de Março, embora desta vez não se trate de um confinamento, mas sim de um recolhimento obrigatório com um horário mais apertado nos próximos dois fins-de-semana.
Na mesma entrevista, a governante explicou que o objectivo desta regra é diminuir “ao mínimo os contactos sociais, podendo trabalhar, podendo ir à escola e podendo fazer algumas outras coisas”.
Entre esta segunda-feira, 9 de Novembro, e o dia 23 de Novembro, existe recolher obrigatório entre as 23h e as 5h, durante os dias úteis, e a partir das 13h nos próximos dois fins-de-semana, nos 121 concelhos com mais casos de covid-19.
Entre as excepções às restrições à liberdade de circulação estão, por exemplo, a possibilidade de ir à farmácia ou à mercearia e supermercados. Passear o animal de estimação ou dar um passeio de curta duração são outras das excepções à regra de recolhimento.
"Há bens essenciais, e há compras que temos mesmo de fazer, e outras coisas que o não são”, justifica a ministra, voltando a salientar que a regra deve ser “ficar em casa” e explicando que o Governo “só toma estas medidas porque as considera necessárias neste momento”.
Portugal registou mais 48 mortes e 5784 casos de infecção, o segundo valor diário de infecções mais elevado desde o início da pandemia, neste domingo.